A comissão de trabalhadores da AMEC - Associação Música, Educação e Cultura, que integra a Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML), entregou na segunda-feira à câmara um plano de viabilização que propõe um encaixe de 1,3 milhões de euros.
Este documento é uma ‘contra-proposta’ dos trabalhadores que contestam a “proposta de viabilização da Metropolitana feita à custa de cortes salariais sobre os músicos, professores e funcionários” que está a ser avançada pela direcção da AMEC.
Através de uma moção, lançada pelo Bloco de Esquerda e aprovada pela maioria dos deputados, a Assembleia Municipal de Lisboa apela à câmara para “que envide todos os esforços ao seu alcance junto dos seus pares fundadores para encontrar uma solução que viabilize o funcionamento da OML e salvaguarde os direitos laborais dos trabalhadores”.
O texto refere que a Metropolitana “atravessa uma situação de profunda crise financeira, por causa de uma acumulação de dívidas que resultou, entre outros, no não pagamento de subsídios de Natal e de férias”.
Neste sentido, lê-se na moção, “a actual direcção optou por um plano de viabilização que implica um violento corte salarial de 20% nos próximos dois anos”.
António Nogueira, representante dos trabalhadores da AMEC, dirigiu-se hoje também à assembleia municipal para apontar a “situação angustiante” que a Metropolitana vive e a “violência dos cortes salariais” proposta pelo plano de viabilização da administração.
A moção vai ser enviada ao Governo e ao Parlamento, ao Sindicato de Músicos dos Profissionais do Espectáculo e do Audiovisual, à comissão de trabalhadores e à direcção da OML.
A assembleia aprovou ainda uma recomendação do PSD à Câmara de Lisboa para elaborar um plano de pormenor na zona do Alto de Santo Amaro (em Alcântara) e uma moção também social-democrata, que sugeriu à autarquia “estabelecer uma estratégia para proteger em particular a estatuária da cidade”.