Amazon compra rede social de livros Goodreads
O negócio vai colocar uma das maiores livrarias online do mundo a controlar um dos mais conhecidos serviços de recomendação de livros, o que já suscitou preocupações entre os utilizadores da rede social de livros que temem ficar sujeitos às regras rígidas da Amazon.
A multinacional americana vende muitos tipos de produtos e de serviços (incluíndo serviços de armazenamento de ficheiros e de transmissão de filmes e séries), mas os livros são a imagem de marca da empresa, que comercializa o leitor Kindle, e uma parte muito importante do seu negócio.
Os detalhes da compra da rede social de livros não foram revelados mas, num comunicado da empresa norte-americana, o vice-presidente da Amazon, Russ Grandinetti, lembrou que o Goodreads tinha ajudado "a mudar a maneira como nós descobrimos e discutimos os livros", e que agora, as duas empresas têm a "intenção de conceber novas maneiras de encantar os leitores e os autores".
No Goodreads (que foi fundado e é gerido há seis anos por um casal de Los Angeles), os utilizadores podem atribuír uma classificação (entre uma e cinco estrelas) aos livros, escrever uma crítica, criar “estantes virtuais” com os livros que já leram, os que estão a ler e os que querem ler, bem como seguir a actividade dos contactos que tiverem dentro do site. Isto é, podem ver o que os seus amigos naquela rede social andam a ler (em tempo real). O Goodreads faz ainda recomendações de livros a cada utilizador e disponibiliza ferramentas para autores promoverem os seus trabalhos.
Funcionalidades como a crítica de livros também existem no site da Amazon. Mas os utilizadores não têm o mesmo sentimento de comunidade e a credibilidade das críticas na Amazon foi manchada por alguns casos de críticas e pontuações de livros que tinham sido forjadas, em alguns episódios mediante pagamento. O Goodreads tem 16 milhões de utilizadores, que têm 530 milhões de livros nas suas prateleiras digitais e que escreveram 23 milhões de recensões dos livros que leram. Outra vertente são os clubes de leitura que no Goodreads já chegam aos 30 mil..
O negócio vai colocar uma das maiores livrarias do mundo a controlar um dos mais conhecidos serviços de recomendação de livros, o que já suscitou preocupações, narra o jornal americano New York Times. A Amazon já tinha comprado um site concorrente do Goodreads, chamado Shelfari, e, por via de outras empresas em que participa, tem também uma participação no Library Thing.