Conchita Wurst, “a senhora de barba”, venceu o festival da Eurovisão

Áustria à frente da Holanda e da Suécia.

Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria

Tom Neuwirth, agora Conchita Wurst, apresentou-se em palco com cabelo comprido, vestido e barba, convencendo o júri com a interpretação da canção Rise Like a Phoenix.

“Esta noite é dedicada a todos os que acreditem num futuro de paz e liberdade. Somos unidade e somos imparáveis”, disse Conchita Wurst, ao receber o troféu. A figura deste travesti de 25 anos tinha causado polémica e críticas, especialmente no Leste da Europa.

Esta é apenas a segunda vez que a Áustria vence o festival da Eurovisão, a primeira aconteceu em 1966.


 

Conchita Wurst foi seguida na classificação pelo duo holandês Common Linnets, que levou ao concurso "Calm After The Storm", e pela Suécia, representada Sanna Nielsen e o tema "Undo", que ficou em terceiro lugar.

Após a vitória, Wurst disse em conferência de imprensa que o "seu sonho se tornou realidade” e que a sua participação na Eurovisão lhe mostrou que “há pessoas por aí que querem o caminho do futuro e continuar, não a andar para trás ou a pensar no passado”.

O austríaco recebeu muitos aplausos durante o concurso mas também muitas críticas, tendo mesmo sido lançadas petições online na Bielorrússia, Arménia e Rússia para que os excertos da sua participação fossem retirados ou editados quando exibidos nas televisões nacionais.

A organização da edição deste ano do festival, assegurada pela Dinamarca, declarou a tolerância como o tema principal do evento. Nas ruas de Copenhaga foram colocadas várias bandeiras arco-íris, símbolo do orgulho gay, durante a última semana.

Além da controvérsia criada em torno de Conchita Wurst, a Eurovisão ficou ainda marcada por uma questão política, com a Rússia de um lado e a Ucrânia do outro. Não terão havido quaisquer atritos entre as gémeas russas Tolmachevy e a ucraniana Mariya Yaremchuk, mas a sua participação ficou marcada pela actual crise na região.

Durante as suas actuações, as irmãs Tolmachevy receberam em alguns momentos apupos de membros do público, o que levantou dúvidas sobre se a classificação russa seria afectada pela anexação da Crimeia por Moscovo e pela posição anti-gay que recentes decisões governamentais têm assumido a partir do Kremlin.

Na atribuição de pontos pela Ucrânia, as gémeas ficaram em terceiro lugar, atrás da Polónia (em primeiro) e da Arménia (em segundo). Já a Rússia, colocou a Ucrânia na terceira posição e a Bielorrússia e Azerbaijão nos primeiros lugares – são países habitualmente aliados da Rússia, quer na Eurovisão quer no campo político. Na classificação geral, a Ucrânia ficou em sexto e a Rússia em sétimo.

A controvérsia subiu de tom depois da organização do festival ter decidido que os votos da Crimeia seriam contados como votos da Ucrânia, por causa nos códigos telefónicos nacionais.

Sugerir correcção
Comentar