2012 teve um final (muito) feliz para as bilheteiras dos EUA

O ano mais rentável de sempre, alimentado por Os Vingadores, Batman e Os Jogos da Fome, mas com uma ajudinha de O Hobbit, Tarantino e Os Miseráveis.

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Os Vingadores é o filme mais visto de 2012 nos EUA DR

Já no início do mês, a revista Variety previa que no ano de todos os super-heróis (de Homem-Aranha ao último Batman da trilogia de Christopher Nolan), agentes secretos (007 e Jason Bourne) e franchises juvenis (o fim da saga Crepúsculo e o início de Os Jogos da Fome) estes 12 meses de mais recessão fossem ainda assim os mais lucrativos da história nas bilheteiras dos EUA.

E muito dependia, na última volta da corrida que é o mês de Dezembro, da nova incursão de Peter Jackson na saga de J.R.R. Tolkien – que deve ainda, no muito rentável último fim-de-semana do ano, somar mais espectadores na recta final e fazer com que o ano possa fixar o seu recorde nos 8,1 mil milhões de euros, segundo estimativas do site Box Office Mojo. As idas ao cinema nos EUA na sexta-feira, dia 28, renderam ainda mais 4,8 milhões de euros na venda de bilhetes, encabeçadas pelas sessões de O Hobbit – Uma Viagem Inesperada, que entretanto se tornou no 11.º filme mais popular do ano nos EUA e que é o filme mais visto nas salas de quase todo o mundo neste Dezembro.

Quando se fazem contas às receitas de bilheteira, o cenário é o expectável: os anos pertencem invariavelmente aos blockbusters e 2012 não foi excepção. Joss Whedon, o realizador de A Casa na Floresta e da série de TV Buffy, a Caçadora de Vampiros, foi o realizador mais bem sucedido neste campo, já que o top dez dos filmes que mais pessoas levaram ao cinema é encabeçado pelo seu Os Vingadores (471 milhões de euros de receitas) – em Portugal, a vitória vai para Madagáscar 3, seguido de A Saga Twilight Amanhecer Parte 2 e A Idade do Gelo 4, Deriva Continental –, O Cavaleiro das Trevas Renasce, Os Jogos da Fome, Skyfall (o filme Bond que mais rendeu no cinema), a saga Twilight Amanhecer Parte 2, O Fantástico Homem-Aranha, Brave – Indomável, Ted, Madagáscar 3 e o último lugar, até agora, para Lorax, embora O Hobbit ainda possa destroná-lo.

Don Harris, responsável pela distribuição do estúdio Paramount, considera que estes resultados são, “em última análise, uma vitória”. Citado pela Associated Press, diz que “mesmo que possam ficar sentadas em casa e ver algo no seu ecrã gigante HD, as pessoas querem sair”. Falamos em recordes e em receitas de bilheteira, mas não se deve descurar o factor preço do bilhete. Muitos destes filmes rentáveis de 2012, sendo ou não parte de franchises ou de sectores, como a animação, com grande sucesso de bilheteira nas últimas décadas, permitem ter preços de valor acrescentado porque envolvem sessões 3D, por exemplo. Mas, ainda assim, houve mesmo mais pessoas a ir ao cinema nos EUA em 2012, em contraste com a quebra da última década – até agora, as previsões para o ano oscilam entre o 5,6% (do site de box office Hollywood.com) e os 6% (da Variety) de aumento em relação a 2011.

O optimismo de 2012 parece contagiar os analistas quanto a 2013. Paul Dergarabedian, especialista em dados de bilheteira no Hollywood.com, já aposta que 2013 será o ano de novo recorde – o dos 11 mil milhões de dólares na bilheteira, número redondo em dólares e que em euros se traduz em 8,3 mil milhões.

Dan Fellman, responsável pela distribuição na Warner, também citado pela AP, remata: “As pessoas querem evadir-se. É a natureza da sociedade. A população adulta não vai ficar em casa sete dias por semana.”
 
 

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