Alguns dos trabalhos dos galardoados, oriundos de 24 países de cinco continentes, foram publicados em prestigiadas revistas internacionais, tais como a Proceedings of the National Academy of Science (PNAS) ou a revista online de acesso livre PLoS ONE.

Nesta edição, as categorias científicas premiadas, que variam de ano para ano, foram dez: Química, Física, Literatura, Gestão, Economia, Medicina, Matemática, Biologia, Diagnóstico Médico e Fisiologia/Entomologia.

Em particular, o IgNobel da Literatura premiou uma equipa internacional que “descobriu que a palavra ‘hã?’ parece existir em todas as línguas humanas – mas que não sabe bem porquê”, lê-se num comunicado da revista humorística Annals of Improbable Research, que atribui estes prémios há 25 anos. O resultado foi, na altura da sua publicação, objecto de notícia no PÚBLICO.

Mas há pesquisas mais improváveis ainda. O IgNobel da Química foi atribuído “pela invenção de uma receita química para descozer parcialmente um ovo”; o da Física “pelo teste do princípio biológico segundo o qual quase todos os mamíferos esvaziam a bexiga em 21 segundos, mais ou menos 13 segundos” (publicado na PNAS); o da Medicina pelo “estudo dos benefícios biomédicos (…) dos beijos intensos”; o da Biologia à equipa que “constatou que, quando têm um pau pesado amarrado ao rabo, as galinhas passam a caminhar como se pensa que caminhavam os dinossauros”. Sem esquecer o IgNobel do Diagnóstico Médico, que foi para os cientistas que “determinaram que a apendicite aguda pode ser diagnosticada com precisão pelo nível de dor evidenciado pelo doente quando o carro em que segue passa por cima de lombas na estrada”; e ainda o prémio de Economia, merecido pela polícia metropolitana de Banguecoque, “por ter proposto pagar mais dinheiro aos polícias que recusassem os subornos”.

Os laureados tiveram direito a 60 segundos para fazer o seu discurso de aceitação. Houve também vários momentos musicais e outras festividades que já fazem parte da tradição da cerimónia.