Henrique Leitão entra para clube restrito de historiadores de ciência

Eleição para Academia Internacional de História das Ciências põe fim a mais de meio século sem que um historiador português tenha tido esta distinção.

Foto
Henrique Leitão, 48 anos Nuno Ferreira Santos

Aos 48 anos, Henrique Leitão, que começou por se doutorar em Física em 1998 na FCUL e depois se mudou para a História da Ciência, tem no currículo a autoria e edição de mais de 15 livros. A coordenação científica da publicação das obras de Pedro Nunes – iniciada em 2002, quando se comemoraram os 500 anos do nascimento do matemático – é uma das suas principais ocupações. Desde 2002 que a História da Ciência o ocupa a tempo inteiro.

Já estão publicados, pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Academia das Ciências de Lisboa, os seis volumes com todas as obras impressas daquele que é considerado o matemático mais importante da história portuguesa. Agora, diz Henrique Leitão, de Pedro Nunes só faltam os manuscritos e documentos biográficos. “Finalmente, as obras de Pedro Nunes estão todas editadas.”

O que significa esta eleição, no final de Dezembro, para a Academia Internacional de História das Ciências, criada em 1927-1928? “É uma das associações de historiadores de ciências mais respeitadas e é honroso ter esse reconhecimento. Qualquer cientista gosta de ser apreciado pelos mais respeitados”, responde Henrique Leitão, que já era, desde há alguns anos, membro correspondente daquela academia.

Esta distinção não era recebida por um historiador português desde a eleição, como membros efectivos, de Armando Cortesão, em 1947, e Joaquim de Carvalho, em 1957.

A história das ciências exactas nos séculos XV a XVII, desde a Matemática e a Astronomia até à Física, está entre os principais interesses científicos de Henrique Leitão, que é um dos fundadores, na FCUL, do mestrado de História e Filosofia das Ciências.
 
 
 
 
 
 
 

Sugerir correcção
Comentar