Fóssil marinho recebeu nome de Johnny Depp

Tinha garras em forma de tesoura, por isso o cientista que descobriu o fóssil lembrou-se logo do actor norte-americano no filme Eduardo Mãos de Tesoura.

Foto
Reconstituição Kooteninchela deppi DR
Kooteninchela deppi

, um antepassado longínquo das lagostas e dos escorpiões – que vivia em águas pouco profundas ao largo da actual Colômbia Britânica, no Canadá – foi identificado por um cientista britânico admirador de Johnny Depp.

“Quando vi o par de garras nos fósseis desta espécie, não pude deixar de pensar no Eduardo Mãos de Tesoura. Até o nome do género, Kooteninchela, é uma referência a este filme, pois chela é o termo em latim para pinças ou tesouras”, explicou o autor da descoberta, David Legg, do Imperial College de Londres, que publicou os resultados na revista Journal of Paleontology.

David Legg pensa que o Kooteninchela deppi, com cerca de quatro centímetros de comprimento, foi um caçador ou necrófago, que usava as alongadas garras com espinhos para capturar presas ou explorar o fundo do mar à procura de pequenas criaturas escondidas. Tinha muitas patas, que usava para percorrer o fundo do mar, nadando só ocasionalmente, e os seus olhos eram como por muitas lentes, como os das moscas.

O fóssil pertence a um grupo de artrópodes chamado "megacheira" – literalmente “grandes mãos” em grego antigo –, que esteve na origem dos escorpiões, centopeias, insectos e caranguejos.

“Imaginem: o camarão coberto de maionese na vossa sandes, a aranha a subir a vossa parede e mesmo a mosca aos saltos na vossa janela e que irritantemente voa sobre a vossa cara são todos descendentes do Kooteninchela deppi”, disse David Legg, no comunicado. “As actuais estimativas indicam que há mais de um milhão de insectos conhecidos e possivelmente mais dez milhões para serem classificados, o que significa que o Kooteninchela deppi tem potencialmente uma enorme árvore familiar.”

 

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