Bizarra Locomotiva: 30 anos a alimentar a “escumalha” em troca de combustível
Pioneiros do industrial nacional mais pesado, entre altos e baixos, ao fim de três décadas, continuam em ascensão. O novo álbum, Volutabro, prova-o.
Ao fim de uma hora e meia, sem necessidade de preencherem os intervalos entre músicas para se dirigirem a quem encheu a sala principal do Hard Club, os Bizarra Locomotiva deixam o palco a precisar de obras. Os álbuns sempre foram o seu cartão-de-visita. Mas é nos concertos que o seu reportório se eleva a um patamar superior. O que aconteceu foi o costume: maquinaria, guturais, distorção e um vocalista que parece acabar de se libertar de uma camisa-de-forças, sem precisar de ajuda. Em contraste com este cenário, duas horas antes, em dia de apresentação do novo álbum Volutabro (leia a crítica), em estado quase zen, Rui Sidónio (voz) e Miguel Fonseca (guitarra), já há algum tempo o núcleo criativo dos Bizarra Locomotiva, desde a saída de Armando Teixeira (maquinaria e voz) em 2003, abriam-nos a porta do camarim da sala portuense. Por essa altura, o recinto já começava a compor-se com a presença da “escumalha” – designação carinhosa dada aos seus fãs mais fiéis.
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