Silvia Rosi explora álbum de família para formar o da diáspora africana em Itália
Em Régio da Emília, Silvia Rosi expõe Disintegrata, que explora “o passado e presente das narrativas de migração, pertença e herança cultural” da diáspora africana e afrodescendente em Itália
Em 1989, quando a mãe da artista Silvia Rosi (n. 1992) viajou do Togo para Itália, onde viria a estabelecer-se permanentemente, combinou com o marido que a fosse buscar à estação de comboio. Mas o seu pai confundiu as datas da sua chegada e não compareceu ao encontro. “Esse momento não foi registado fotograficamente por razões óbvias”, observa Rosi no dia da inauguração da exposição Disintegrata, que revela o corpo de trabalho que desenvolveu entre 2023 e 2024 e que explora o tema ainda pouco perscrutado da diáspora africana na Itália das décadas de 1980 e 90. A fotografia desse episódio da sua história familiar surge apenas em 2024, quando Rosi decide recriá-lo em estúdio, em forma de auto-retrato. Na imagem a preto-e-branco, a artista figura de costas, acompanhada de malas de viagem, fitando uma parede branca onde caberá uma paisagem de Régio de Emília da época apenas possível se imaginada por quem a vê.
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