A Hugo Boss concordou em vender o seu negócio russo ao parceiro grossista Stockmann, informou a casa de moda alemã, na quarta-feira, um acordo que encerrará a sua presença na Rússia pouco mais de dois anos depois de suspender as operações no país.
Tal como outras empresas e negócios, a Hugo Boss suspendeu o seu negócio de retalho na Rússia logo após Moscovo ter enviado o seu Exército para a Ucrânia, em Fevereiro de 2022. Também suspendeu as suas actividades de comércio electrónico no mercado russo e deixou de fazer publicidade.
A comissão governamental russa para a venda de activos estrangeiros aprovou o negócio, informou a Interfax, citando o vice-ministro da Indústria e do Comércio, Viktor Yevtukhov, sendo uma das condições a manutenção de todos os postos de trabalho.
A Hugo Boss não divulgou as condições financeiras do negócio. A Rússia exige que as empresas estrangeiras vendam os seus activos com descontos de, pelo menos, 50%.
“Em resultado do acordo, a Hugo Boss deixará de estar presente na Rússia com a sua própria entidade jurídica”, declarou a marca num comunicado.
A venda, que a Hugo Boss afirmou estar ainda sujeita à aprovação de uma autoridade europeia, deverá estar concluída no terceiro trimestre deste ano, informou a Interfax.
A Hugo Boss foi pressionada por organizações como a B4Ukraine, uma coligação de grupos da sociedade civil, que procura obrigar as empresas ocidentais a cortar os laços com a Rússia, por continuar a fornecer alguns produtos àquele país.
“Em termos do nosso negócio grossista, estávamos a cumprir as obrigações contratuais com os nossos parceiros”, afirmou a Hugo Boss. “Neste contexto, a Hugo Boss está, e tem estado sempre, a cumprir as sanções existentes da UE.”