PSG prepara-se para fazer do Le Havre o bombo da festa

Triunfo do Mónaco sobre o Lille impediu que os parisienses festejassem já o 12.º título. Em Inglaterra, Liverpool perdeu derby e comprometeu corrida à liderança.

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Mbappé fez mais dois golos pelo PSG, no triunfo sobre o Lorient MOHAMMED BADRA / EPA
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A não ser que algo de transcendente aconteça, é apenas uma questão de tempo até o Paris Saint-Germain se sagrar campeão francês para 12.ª vez. Nesta quarta-feira, na 30.ª jornada da Ligue 1, os parisienses cumpriram a missão fora de portas, mas não tiveram o contributo necessário do Lille, no Mónaco, para anteciparem já a festa do título.

Para que os parisienses confirmassem já hoje o 10.º título do palmarés nas 12 últimas épocas era necessário vencer, antes de mais, em casa do Lorient, a meio da tarde, e que o Mónaco não fosse capaz de derrotar o Lille, já noite dentro.

A primeira premissa ficou resolvida com um expressivo 1-4, construído com dois golos de Dembélé (19’ e 60’) e outros dois de Mbappé (22’ e 90’) — pelo meio, a equipa da casa reduziu, por Mbamba (73’). A segunda deixou a comunidade do PSG em stand-by.

As contas eram simples: o 20.º triunfo dos parisienses no campeonato deixava-os com 69 pontos, mais 14 do que o segundo classificado, o Mónaco. Na prática, se os monegascos não vencessem o Lille, já não conseguiriam recuperar a desvantagem nas quatro rondas em falta.

Apesar do equilíbrio que se verificou no Principado, com oportunidades para os dois lados, o Lille (comandado pelo técnico português Paulo Fonseca) não conseguiu roubar pontos ao Mónaco na luta pelo segundo lugar. Entraram na jornada separados por dois pontos (com a possibilidade de ultrapassagem por parte dos visitantes) e acabaram a cinco de distância, fruto de um golo solitário de Fofana (62’) que deu o triunfo ao Mónaco (1-0).

O PSG, de resto, deu-se ao luxo de fazer descansar nesta quarta-feira várias das suas peças-chave (Bradley Barcola, Marquinhos, Achraf Hakimi, Vitinha e Zaire-Emery), com vista à primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões, diante do Borussia Dortmund, dentro de uma semana. Mas quem, como Luis Enrique, tem à disposição um plantel com tantas opções, acabou por cumprir, na mesma, a missão sem especiais dificuldades.

No próximo sábado, no Parque dos Príncipes, o líder da Ligue 1 recebe o Le Havre (antepenúltimo) com a intenção de fazer do adversário o bombo da festa. Um cenário que, a concretizar-se, confirmará o total domínio do PSG, que ainda está na rota de uma época perfeita – ganhou a Supertaça, está na final da Taça de França e nas meias-finais da Champions.

Em Inglaterra, o Liverpool confirmou que vive um momento de grandes oscilações e perdeu o derby em casa do Everton, por 2-0, na 34.ª jornada. Uma derrota especialmente castigadora, na medida em que permite ao Arsenal descolar na frente da Premier League e “convida” o Manchester City, terceiro classifcado com dois jogos a menos, a uma ultrapassagem ainda mais vincada.

Num jogo em que teve mais remates (quase sempre sem grande critério) e mais posse de bola, o Liverpool acabou por pagar os erros que abriram caminho aos golos de Branthwaite (27’) e Calvert-Lewin (58’), somando desta forma o terceiro desaire nos últimos cinco jogos (os outros dois aconteceram diante da Atalanta e do Crystal Palace).

Já o Manchester United, consolidou o sexto lugar às costas de uma grande exibição de Bruno Fernandes, que apontou dois golos (61', de penálti, e 81') e ainda fez uma assistência para Höjlund na vitória sobre o Sheffield United (4-2).

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