A tradição, a democracia e a chantagem da realidade
A lógica de facção tem sido a lógica exclusiva da política portuguesa desde 2015.
A memória leva-me muitas vezes de regresso àquela tarde de Outubro de 2015, na Assembleia da República, quando o deputado Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, congratulando Eduardo Ferro Rodrigues pela sua eleição como presidente do órgão, saudou também o derrube da tradição parlamentar que dava à força política mais votada a possibilidade de indicar o ocupante do cargo. Ferro Rodrigues vencera a eleição contra Fernando Negrão, indicado pelo PSD e o CDS, que haviam formado a coligação ganhadora das legislativas.
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