Aprende a ouvir, companheiro, porque “nadar” já sabemos

Num livro e numa série de oito encontros públicos discute-se o papel da música popular no processo que levou ao derrube da ditadura em Portugal em 1974.

Ouça este artigo
00:00
04:48

Foi em Abril de 1971, três anos antes do outro, que num estúdio de Paris Sérgio Godinho gravou uma canção com a mais curta de todas as letras que escreveria ao longo da vida. Chamou-lhe Maré alta e, embalada numa atmosfera rock, tinha apenas estes versos: “Aprende a nadar, companheiro/ Que a maré se vai levantar/ Que a liberdade está a passar por aqui/ Maré alta.” A liberdade de que ele falava era a das suas experiências, musicais e teatrais, que desde a sua saída de Portugal em 1965 (contra a guerra colonial e a ditadura de Salazar, depois continuada por Marcello Caetano) viriam a passar por cinco países: Suíça, Países Baixos, França, Brasil e Canadá. Porém, vista à distância, essa letra parecia premonitória da liberdade reconquistada em 1974.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 1 comentários