Taxas Euribor fixam novos máximos e prazo a 12 meses já vai em 4,2%

Decisão do BCE já gerou três sessões consecutivas de subidas nas taxas que definem as prestações da casa.

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Taxas Euribor continuam a agravar empréstimos a taxa variável Paulo Pimenta
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É a terceira sessão consecutiva de subidas das taxas Euribor após a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de aumentar as suas taxas directoras. Os três prazos utilizados no crédito à habitação renovaram máximos desde Novembro de 2008, com o de 12 meses a superar os 4,2%, quando até há poucos dias se admitia o fim desse movimento (antes da decisão e das explicações da presidente do BCE, Christine Lagarde).

A Euribor a 12 meses, actualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável (39,4%) e particularmente nos contratos mais recentes, avançou esta terça-feira para 4,216%, mais 0,025 pontos que na segunda-feira.

O prazo a seis meses subiu para 4,071%, mais 0,005 pontos que na sessão anterior, e a três meses avançou 0,031 pontos face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,934%, cada vez mais perto dos 4%.

A subida da Euribor agrava directamente os novos empréstimos à habitação que utilizam este valor como referência, mas também chegam rapidamente aos existentes, na medida em que são revistos a cada três, seis e 12 meses, conforme a taxa presente.

As Euribor têm acompanhado a subida das taxas directoras do BCE e, na última reunião, a decisão de novo aumento, em 0,25 pontos percentuais, veio dar um novo impulso a estas taxas, utilizadas no crédito à habitação e nos empréstimos das empresas, sendo ainda referência para alguns produtos de poupança.

Na decisão do banco central pesou a necessidade de reduzir a inflação na zona euro, que tem vindo a baixar de forma mais lenta do que o esperado.

Os valores actuais estão muito longe dos mínimos históricos das taxas, fixados a três meses em -0,605%, a 14 de Dezembro de 2021, a seis meses em -0,554% e a 12 meses nos -0,518%, em 20 de Dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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