Pregos e palitos espetados. Encontrada armadilha para animais num parque em Lisboa

No Parque do Vale do Silêncio, em Lisboa, foi encontrada uma armadilha para animais com pregos e palitos espetados. A presidente da União Zoófila apela a que se façam mais queixas escritas à polícia para o assunto poder passar para o Ministério Público.

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Armadilha para animais encontrada em Lisboa União Zoófila

Em pleno Parque do Vale do Silêncio, nos Olivais, foi encontrada uma armadilha para animais com pregos e palitos espetados. A denúncia foi feita nas redes sociais pela União Zoófila, que refere que os cães são o alvo mais vulnerável, visto que ficam atraídos, durante os passeios, pelo seu conteúdo que parece incluir pão e uma espécie de “pele ou outro produto de origem animal”.

Ao PÚBLICO, a presidente da União Zoófila diz que não é um fenómeno só de agora. Já têm sido encontradas várias armadilhas semelhantes, sobretudo no Norte do país. Mas também em Lisboa, como se pode observar através desta armadilha nos Olivais. “Foi encontrada por uma pessoa nossa conhecida que adoptou um cão”, conta Luísa Barroso, acrescentando que “a senhora estava a passear a cadela”, quando ela lhe trouxe parte da armadilha na boca. A sorte foi que “não engoliu”.

A armadilha torna-se mais “bárbara” ainda quando se tem em conta que qualquer animal pode ficar por ela atraído, continua, sendo que um animal selvagem não se aproxima apenas por curiosidade: vai “porque tem fome”.

O próprio Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas já manifestou directamente a sua preocupação junto da União Zoófila, segundo Luísa Barroso, tendo entrado em contacto a pedir mais informações e a apelar que se façam “queixas à polícia”.

Isto porque é essencial que se façam mais denúncias sempre que se encontre algo deste género para a investigação “poder avançar”, sendo particularmente importante que sejam feitas “por escrito”, sublinha a responsável. “A PSP diz que não pode fazer muito, porque as denúncias são feitas verbalmente ou via telefone. Eles precisam de qualquer coisa escrita para poder levar ao Ministério Público”.

Para evitar assim estas armadilhas “horríveis” e “completamente arcaicas”, a responsável apela a que haja um maior envolvimento da população: deve-se fazer queixas escritas à polícia com o máximo de detalhes possíveis sobre a situação a alertar. E, no final, assinar: “As pessoas não só não devem ter medo, como [devem ter a consciência de que] estão a fazer um trabalho cívico”.

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