Três aviões dos EUA interceptados pela força aérea russa no Mediterrâneo

Ninguém ficou ferido, mas o Departamento da Defesa norte-americano alerta para as consequências graves e “fonte de mal-entendidos e de erros” que acções como esta podem causar.

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Os incidentes envolveram aviões de reconhecimento P-8 da Marinha dos Estados Unidos Reuters/STRINGER

Três aviões de vigilância norte-americanos foram interceptados de forma “não-profissional” pela força aérea russa no passado fim-de-semana no Mediterrâneo, indicou esta quarta-feira o Pentágono, acrescentando que não houve feridos.

Os três incidentes separados envolveram aviões de reconhecimento P-8 da Marinha dos Estados Unidos que “sobrevoavam o Mediterrâneo no espaço aéreo internacional quando as intercepções ocorreram”, precisou um porta-voz do Departamento da Defesa norte-americano, o comandante Mike Kafka.

“Embora ninguém tenha ficado ferido, interacções como estas podem ser fonte de mal-entendidos e de erros que poderão causar consequências mais graves”, defendeu, sublinhando que os Estados Unidos protestaram pelos incidentes junto de Moscovo “através de canais diplomáticos”.

Segundo um responsável norte-americano citado pela agência noticiosa francesa AFP, que solicitou o anonimato, um dos aparelhos russos aproximou-se perigosamente de um dos aviões norte-americanos.

Estes incidentes aéreos surgem numa altura de tensão extrema entre os Estados Unidos e a Rússia em torno da Ucrânia.

O Ocidente preocupa-se há semanas com os riscos de uma grande ofensiva à Ucrânia por parte da Rússia, que concentrou mais de 100.000 soldados ao longo da fronteira com aquele país, uma situação explosiva que está no centro da pior crise com Moscovo desde o fim da Guerra Fria.