Palácio nega pedido de permissão de Harry para usar o nome Lilibet
É uma homenagem à rainha, mas há quem avalie a escolha do nome como uma ousadia. Os Sussex, através do seu porta-voz, disseram ter tido a bênção de Isabel II, mas fonte do Palácio, citada pela BBC, diz que a monarca não foi consultada.
O nome escolhido por Harry e Meghan para a filha, nascida na última sexta-feira — e que é o termo carinhoso pelo qual o rei Jorge VI tratava Isabel —, não terá tido a bênção da rainha.
Fonte do Palácio de Buckingham, citada pela BBC, esclareceu que a monarca não foi consultada pelo duque e pela duquesa de Sussex sobre o nome Lilibet, contrariando as informações que foram veiculadas nos últimos dias, nomeadamente pelo Times.
Ainda assim, um porta-voz dos Sussex sublinhou que o casal nunca teria optado pelo nome Lilibet se a rainha se tivesse manifestado contra, dizendo que Isabel II foi a primeira a quem Harry ligou para dar conta da boa-nova, assim como do nome escolhido. “O duque falou com a sua família antes do anúncio — na verdade, a sua avó foi o primeiro membro da família a quem telefonou.”
Terá sido nesse telefonema que o príncipe contou à avó que ele e Meghan pretendiam “chamar à sua filha Lilibet em sua honra”. “Se ela não os tivesse apoiado, eles não teriam usado o nome.”
A origem do nome Lilibet provém do facto de, em criança, Elizabeth ter tido dificuldade em pronunciar o seu próprio nome. E a alcunha pegou, com a sua própria família a usar o termo. O rei Jorge VI chegou a afirmar “Lilibet é o meu orgulho; Margaret é a minha alegria”. Mas, já depois de adulta, o termo carinhoso era somente usado pelo marido, o príncipe Filipe, e no funeral deste, em Abril, a monarca deixou uma nota no seu caixão assinada Lilibet — não há informações fidedignas que apontem para que algum neto ou bisneto alguma vez a tenha tratado por esse nome.
Lilibet é a 11.ª bisneta da rainha e oitava na linha de sucessão ao trono, tendo como nome do meio Diana, em memória da falecida avó — Charlotte, a filha do príncipe William, também tem como nomes do meio Elizabeth e Diana.
A escolha do nome poderá ser uma forma de Harry e Meghan construírem uma ponte com Isabel II, depois de as declarações do casal a propósito da família real terem aberto um fosso entre os dois lados do Atlântico. No entanto, há também quem veja nesta acção um desafio à monarca. Certo é que, após o anúncio oficial do nascimento, no domingo, o Palácio fez questão de sublinhar que toda a família estava “encantada com a notícia”.