Jorge Jesus: “As finais da Taça de Portugal não são para premiar os árbitros”
Técnico do Benfica responsabiliza o árbitro Nuno Almeida pelo desaire em Coimbra frente ao Sp. Braga.
A expulsão de Helton Leite
“Esse foi o lance capital do jogo, que tirou poder ao Benfica. Sabíamos que ia ser um jogo competitivo. Estávamos confiantes e queríamos ganhar esta final. Já vi várias vezes o lance e não há nada, não toca no avançado, e com a bola a sair do funil. Não é falta, quanto mais expulsão. A partir da expulsão, perdemos algum ajustamento, mas mudámos o posicionamento do Everton e do Seferovic, e equilibrámos o jogo. Podíamos ter feito o 1-0, com a perdida do Julian. Depois, facilitámos, sofremos o 1-0 e com menos um jogador as coisas ficaram mais difíceis. Disputámos o jogo, notou-se ofensivamente, faltou criatividade. Normalmente uma equipa que tem menos um jogador faz mais faltas. O Benfica fez nove, o Sp. Braga fez 24. Houve jogadas em que o árbitro não quis carregar o Sp. Braga de amarelos. Este árbitro não tem estado bem nos jogos do Benfica. As finais da Taça de Portugal não são para premiar os árbitros, são para escolher os melhores. Isso é estar a brincar ao futebol.”
A época numa palavra
“Esta final era para ganhar um título, não para justificar a época que o Benfica fez. Já sabemos por que é que o Benfica não foi aquilo que devia ter sido. Tiraram-nos do jogo com uma decisão por algo que não aconteceu. Falhámos esta época independentemente do que acontecesse hoje. Esta taça não ia limpar nada.”
Lugar à disposição
“Tenho mais um ano de contrato. Antes da final já estávamos a planear a época e vamos continuar. Acho que esta época do Benfica não tem nada a ver com treinos nem com treinadores.”
Próxima época
“A nova época são novas ideias. Hoje coloco a responsabilidade no árbitro e numa final as coisas ficam muito difíceis com menos um jogador. Houve algumas decisões que temos de corrigir para a próxima época. Temos logo uma eliminatória de Champions que é muito importante para o clube.”