Giorgio Armani pode considerar uma joint venture com uma empresa italiana, disse o fundador da casa de moda milanesa à revista norte-americana Vogue, abrindo pela primeira vez a porta a um potencial parceiro de negócios. Numa entrevista, Armani, de 86 anos, disse que a pandemia de covid-19 tinha “feito com que abríssemos um pouco os nossos olhos”.
De referir que o criador, que estudou medicina, foi dos primeiros a levar a sério a ameaça do novo coronavírus, tomando precauções ainda antes destas serem obrigatórias. Foi, por exemplo, o primeiro grande designer a apresentar uma colecção à porta fechada, durante a Semana da Moda de Milão, em Fevereiro de 2020.
Um ano depois, Armani pondera unir esforços a outra empresa, mas excluiu seguir o caminho de muitas outras marcas italianas de bens de luxo, incluindo Gucci, Fendi e Bulgari, que foram compradas pelos gigantes da indústria LVMH e Kering SA , dizendo que um comprador francês não estava nos seus planos.
Contudo, admitiu que a sua ideia há muito defendida de que a empresa deveria permanecer independente já não era tão inflexível. “Poder-se-ia pensar numa ligação com uma empresa italiana importante”, disse, sem elaborar, excepto para acrescentar que não tinha de ser uma empresa de moda.
A Vogue também cita a sobrinha de Armani, Roberta Armani, que trabalha na empresa da família e que avaliou que “poderia ser óptimo, finalmente, ter uma importante joint venture 'Made in Italy’ na indústria da moda”, embora tenha afirmado desconhecer os planos do tio.