“A Saúde está sob pressão”: Dinamarca confina durante o Natal para combater a segunda vaga

Centros comerciais e comércio não-essencial encerram esta quinta-feira. Escolas fecham a partir de segunda-feira. Do Natal até 3 de Janeiro só vão abrir os supermercados e farmácias.

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Centro de testes à covid-19 na Arena Nord, em Frederikshavn, Dinamarca Reuters/RITZAU SCANPIX

O Governo dinamarquês anunciou esta quarta-feira o encerramento de centros comerciais e comércio não-essencial no Natal devido à segunda vaga da covid-19, que juntamente com a paragem parcial da vida pública vai significar uma paralisação da actividade económica.

Os centros comerciais vão encerrar a partir desta quinta-feira, as escolas (já parcialmente fechadas) vão fechar para todos os anos desde segunda-feira, assim como os cabeleireiros e fisioterapias, enquanto a partir do Natal e até 3 de Janeiro só vão abrir os supermercados e farmácias.

Desde há uma semana que estava imposto o encerramento em parte do país – estendido para o resto do território – em escolas a partir do quinto ano, liceus e universidades, os bares e restaurantes e a vida cultural e desportivo, incluindo teatros, cinemas, ginásios e instalações, com excepção para o desporto profissional.

“A situação é muito grave, há transmissão comunitária em todo o país e a Saúde está sob pressão”, afirmou a primeira-ministra, a social-democrata Mette Frederiksen, na conferência de imprensa em que também foram anunciadas novas medidas de ajuda para os sectores afectados.

No entanto, Frederiksen descartou uma redução maior do limite de dez pessoas para reuniões públicas ou medidas para confinar a população, que nenhum país nórdico aplicou até agora.

Nas últimas 24 horas, foram registados 3692 novos casos de covid-19, um recorde diário para um dos países que mais testes faz em proporção, quase 700 mil na última semana para uma população de 5,7 milhões.

As cinco regiões em que o país está dividido declararam o segundo nível mais alto de alerta de saúde e em algumas, como Copenhaga, as cirurgias e tratamentos não urgentes têm sido adiadas.

As autoridades de saúde estão a contar com o aumento de internamentos nos próximos dias e atingir o nível da Primavera, enquanto Frederiksen alertou que Janeiro e Fevereiro podem ser os “piores” meses da pandemia até agora.

Com uma taxa de mortalidade de 16,58 por cada cem mil habitantes, a Dinamarca está entre os países europeus com o menor número de mortes, duas vezes superior que a Noruega e Finlândia, mas cinco vezes menos do que a Suécia, o país nórdico mais afectado.