Um ano de cão corresponde a sete “anos de humano”? A fórmula não é bem assim

A relação não é tão linear como multiplicar por sete, dizem os cientistas que recorreram à epidemiologia para encontrar uma fórmula matemática mais precisa para comparar “anos de cão” com “anos de humano”.

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Shawn Pang/Unsplash

Da próxima vez que ouvires alguém dizer a idade do cão “em anos humanos”, podes interromper o discurso apaixonado para lhe dizer que, na verdade, a multiplicação não é assim tão linear. Cada ano na vida de um cão não equivale a sete anos humanos, mostra um estudo na publicação científica Cell Systems, revista por pares.

Um cachorrinho que acaba de completar um ano tem 30 “em anos humanos”, escrevem os investigadores da Escola de Medicina de San Diego, da Universidade da Califórnia (por agora, o estudo apenas foi feito em 104 labrador retriever, pelo que é necessário estendê-lo a outras raças, antes de corrigires alguém). Para chegarem à conclusão que os cães jovens podem ser “mais velhos” do que pensávamos, e desmontar um dos mitos mais persistentes, a equipa liderada por Tina Wang e Trey Ideker focou-se em mudanças epigenéticas no ADN. Estas são modificações que não alteram a sequência do ADN, mas que podem alterar o funcionamento dos genes. Um exemplo: a ciência explica hoje as diferenças de cor da pele como mudanças epigenéticas (mudanças na forma de funcionamento dos genes) relacionadas com o clima.

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A autora principal do estudo, Tina Wang, com o marido e Belli, o cão que inspirou a investigação. DR

Para este estudo, os cientistas compararam a forma como moléculas, chamadas grupos químicos metil, se acumulavam em áreas semelhantes dos genomas de humanos e cães, à medida que envelhecem. Apenas foram analisadas informações genéticas de 100 labrador retriever, desde cachorrinhos a animais seniores (16 anos de diferença). Mas os cientistas sentem-se confiantes para contrariar a sabedoria popular e afirmar que um cachorro de um ano não tem “sete anos humanos”. Isto porque os labradores mostram uma acumulação de grupos químicos de metil muito mais rápida do que a que os investigadores registaram em genomas de humanos com um ano.

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A fórmula mais científica de estabelecer comparações "em anos de humano". Imagem retirada do estudo na Cell Systems

A investigação pode ser uma ferramenta útil para veterinários e para perceber se produtos anti-envelhecimento funcionam, nota a universidade em comunicado

Com um gráfico em que comparam o envelhecimento de um labrador com o passar de anos de Tom Hanks, os cientistas estabelecem que um cachorro de um ano teria uma “idade humana” de 30 anos. Aos quatro anos, teria 54 em “anos humanos” (idade em que o actor foi avô pela primeira). E, aos 14, segundo a fórmula matemática que a equipa criou, estaria pronto para a reforma.

Esta relação não-linear entre anos de cão e de humano ajuda a marcar pontos importantes do envelhecimento dos dois mamíferos. Embora estas ligações sejam mais aproximadas nos marcos na adolescência e meia-idade, notam, continuam a ser mais precisas do que a ideia de que os cães envelhecem a um ritmo linear sete vezes mais rápido do que os humanos.

Esta é a Goldie. Adoptei-a na Amiama depois de ela ter sido atropelada no IC19, perto da Amadora.Ninguém sabe quantos anos tinha, mas sei que já não era nova. Há 6 anos, quando me mudei para Toronto, a minha velhinha veio comigo e aprendeu o que era neve, brincou num parque só para cães e ía comigo a todo o lado. Até que há 2 anos o coração dela desistiu. Fotografia enviada por Dulce Gould
A Yuki (branca) e Sasha (preta) estão connosco há quase 13 anos, desde que eram uns bebés! A mãe delas foi comprada por uma família porque os filhos insistiram que queriam esta raça mas quando a Boneca cresceu, eles cansaram-se dela. O meu tio apareceu à porta da nossa casa um dia com um cão e o meu pai não teve coragem de dizer que não porque alguém se desfez dela pelas razões mais ridículas. Ao perdê-la ganhamos estas duas velhinhas que são o amor da casa. Fotografia enviada por Joana Pinto
A Kika tem 17 anos. Vivia na rua há três meses quando foi adoptada pela minha família, há cerca de 15 anos. Fotografia enviada por Ana Maia
A vida pode dar três mil cambalhotas , seja lá como for a aterragem delas eles estarão sempre junto de mim e eu deles até ao último suspiro ! Obrigada por esta reportagem por nunca esquecerem deles ! Than e Dakota ambos com 11 anos . Fotografia enviada por Patuscos e Bigodes
Somos uma associação que resgata meninos, entre os quais muitos meninos seniores! Evitamos a foto do nosso Noé abandonado num canil de abate exactamente por estar velho. Estamos à procura de uma família para todo o sempre para ele. Fotografia enviada por Labrador Rescue
O Ruca é um menino que, mesmo já tendo 15 anos, está sempre pronto para um passeio e para um pouco de brincadeira. Veio cá para casa com cerca de 2/3 meses. Fotografia enviada por Jéssica Vendas
O meu cão vai fazer 10 anos em Setembro e adora andar de mota. Brinca com menos frequência, mas continua lindo e fofinho. Fotografia enviada por Suzanne Morgado
O Neco tem 12 anos, eu tenho 22, os meus pais ofereceram-mo em 2007, foi uma surpresa de aniversário. É um cão super resmungão, todos os cães pequenos o são, mas com a idade acho que fica pior! Já não vê como via, já não ouve como ouvia... mas sem dúvida que continua a ser a alegria da casa e a querer sempre brincadeira e muitos miminhos. É o mano mais velho dos novos membros da família, os gatinhos que nos foram aparecendo e mesmo nascendo no quintal. Sabemos que infelizmente ele não vai cá estar para sempre e só de pensar nisso fico com muito medo, o melhor mesmo é aproveitar todos os segundos que ele cá está para nos alegrar a vida! Fotografia enviada por Joana Monraia
Esta é a Snifi. Tem quase 10 anos, foi resgatada quando tinha 3 meses. Apesar de já ter artroses faz de tudo para agradar e só quer brincar. A ideia de que ela daqui a uns anos não vá estar mais cá é sufocante, é como perder um membro do nosso corpo. Vim para a universidade e ela também veio, vamos de férias e ela também vai, mesmo que isso signifique ter de a carregar escadas acima porque já não consegue subir as escadas de um prédio. Ter um animal é a melhor coisa que pode acontecer na vida de alguém e principalmente uma velhota a quem já faltam 3 dentes. Fotografia enviada por Rita Ramos
Há 14 anos o meu patudo foi encontrado por um amigo ao pé da polícia de Santo Tirso. Hoje começa a ter problemas de audição e visão, e a mobilidade já um pouco reduzida, mas miminho não lhe falta. O Apolo faz parte de nós! Fotografia enviada por Rosário Costa
O Guguy tem agora 11anos. Está comigo desde os 3 meses. Faz as delícias de crianças e adultos, é muito simpático e bastante sociável. Fotografia enviada por Sónia Pereira
A Nala tem 12 anos e está comigo desde os 3 meses de vida. Ainda não a considero sénior, talvez por não me sentir preparada para a sua perda. Há dias no veterinário quando fui confrontada com o facto dela já estar velhota, as lágrimas rolaram pela cara abaixo. Sempre foi problemática com questões de saúde e agora tem os problemas da idade, já tem cataratas. Não me imagino sem ela, a Nala foi o meu porto de abrigo ao longo destes 12 anos e tenho esperança que ainda dure muitos mais. Fotografia enviada por Carmen Vieira
O nosso Scooby já vai fazer 9 anos. Está connosco desde que tinha um ano, o antigo dono não lhe dava tanta atenção e achou melhor doar. Agora já tem pelinhos brancos e não aguenta tanta brincadeira, porém adora passear, mesmo que já sofra com artrose. Fotografia enviada por Camila Assunção
Inimaginável a Vida sem o Salpi. Dei-me conta da sua fragilidade (já com 9 anos - para mim, será sempre o mesmo cachorro cheio de alegria a brincar com os gatos e as bolas de ténis) há uns dias, quando começou numa manhã sem pré-aviso a vomitar sangue. O amor que tenho por este cão é inigualável, é um companheiro incrível, talvez até um anjo da guarda. Faltam 10 dias para ter o resultado histopatológico da biopsia do Salpi e o meu coração está apertado. Fotografia enviada por Ana Elisa
Infelizmente tive que eutanasiar o Rex no início deste mês. O Rex era um labrador arraçado e foi amor à primeira vista: o cão tinha 3 meses, era de uma amiga minha e eu “obriguei-a” a dar-mo. Não consegui vir embora de casa dela sem ele. Sabia que era uma raça com muitos problemas articulares. Em meados de Outubro do ano passado, o Rex, com 11 anos, começou a dar os primeiros sinais de dores nas articulações: gania desesperadamente. Dava-nos a pata em que tinha dores. Tentava chamar a nossa atenção para aquele membro. Foi recomendado fazer fisioterapia, sacos de água quente e até acunpuntura, se pudesse. No presente mês de maio, reparei que tinha um papo na zona do ombro. Pensei que era artrose. Por descargo de consciência, levei-o ao veterinário. Era um tumor cancerígeno no osso, do mais agressivo que existia. Tive que tomar das decisões mais difíceis da minha vida. Fotografia enviada por Mariana Vanceslau
A minha companheira Luna vai fazer 13 anos, uma pitbull rejeitada aos 3 meses por uns pais de um miudo que sempre quis ter um cão desta raça e decidiu aparecer em casa com ela de surpresa... os pais nao acharam muita piada e quiseram a bichinha fora de casa. Com o passar do tempo começámos a notar que tinha algumas atitudes estranhaa: dormia muito, fazia 5 meses e ainda não vinha ao nome quando a chamávamos, fazia imensos estragos em casa e mal reagia quando ralhávamos. Decidimos ir ao veterinário e... é surda! Aqui está com o focinho esbranquiçado Fotografia enviada por Cátia Cravo
A Bekas faz 13 anos no próximo dia 6 de Junho. Já está a ficar muito cansada, dorminhoca, por vezes bate com a cabeça porque não vê, adora que lhe dê a ração a boca. Sei que qualquer dia vai partir e a dor essa vai ser muita. É um amor sem fim. Eu sei que parece estúpido mas é agarrada a ela que choro muitas vezes de saudades da minha mãe. Fotografia enviada por Ana Damaceno
O Flauti partiu aos 14 anos. O momento da despedida final foi-se aproximando, já não eram só as brancas do seu maravilhoso pêlo, eram os movimentos lentos, os momentos letárgicos, a idade impunha-se e o meu coração apertado dizia à minha cabeça: prepara-te! Mas quando a doença veio a cabeça não estava preparada e o coração nunca o ficou. Só me arrependo de não ter conseguido ficar calma, gostava que ele tivesse partido rodeado de calma, não consegui. Eu sei que ele percebeu tudo, provavelmente melhor que eu… Foi esse o meu erro e é esse o meu conselho: façam a despedida com o coração sereno para que ele não tenha medo, como se fosse só uma curta separação e nos voltássemos a encontrar daqui a nada. Fotografia enviada por Sónia Coelho
Esta menina é a Estrela! É uma senhora já com 16 anos (estimados) feitos! Descobrimos há uns anos que tem insuficiência cardíaca, já com edema pulmonar. Desde então a Estrela faz terapêutica cardíaca e diuréticos todos os dias, sem falhas. Mas atrás de uma insuficiência Cardíaca, normalmente vem uma insuficiência renal, por isso tem que ser vigiada e medicada para a parte renal. Nos dias em que a respiração está pior, vem sempre a cabeça qual será o seu último dia. Tenho mais 3 cães, sendo que uma das cadelas é epiléptica, e a Estrela desde do início que avisa quando a sua companheira está a ter um episódio. Fotografia enviada por Liliana Salvador
O meu cão Ike tem 13 anos e é o melhor cão do mundo! Venceu no ano passado uma crise muito grave, teve de retirar o baço e nós não queremos pensar que ele não vai estar connosco para sempre. Fotografia enviada por Ana de Frias
A Pingu tem 16 anos e tornou-se na minha melhor companheira e amiga. Continua a viajar de avião e a adorar esticar-se ao sol. Qual idosa da sua espécie, no alto da sua idade, não tem pachorra para parvoíce e dorme grande parte do dia. Mesmo velha continua com cara de cachorrinho. Fotografia enviada por Joana Pereira
O Fred é muito feliz e faz-nos sentir imensamente gratos por termos sido a família escolhida por ele. Já com (pelo menos) 18 anos, continua a adorar queijo. Actualmente tem imensas cataratas, ouve muito mal e quando há mudanças bruscas de temperatura tem dores na coluna. Fotografia enviada por Cláudia Vilhena
Há 10anos que encontrei o Migo, já com 2 anos, adulto e cheio de medo, não serviu para a caça e foi deixado preso.. Agora apareceu cancro no osso, partiu a patinha, teve de ser amputado e uma nova adaptação para todos. Ninguém estava preparado para esta doença quando deveria ser a altura mais calma da sua vida. Desde noites sem dormir, idas a correr à rua em poucas horas, ao colo.. Quimioterapia, fisioterapia, acupuntura.. Fotografia enviada por Maria Silva
O Tusca faria 15 anos dia 21 de Julho. Partiu este mês - perdoem-me o eufenismo - e deixou uma saudade imensa. Foi talvez no último ano e meio que as alterações começaram a manifestar-se. Quase surda e com uma visão que teve melhores dias, começou a ter cada vez mais dificuldade em andar, as patas traseiras pareciam não responder. Veio a incontinência e tudo o mais. Nos últimos tempos era preciso levá-la ao colo pelas escadas ou até mesmo à rua. Tinha dias em que parecia recuperar e outros em que ia tudo abaixo. Tinha um equivalente ao alzheimer humano. Em alguns momentos ficava noutro mundo. Nos últimos tempos acho que eram mais as vezes que não me reconhecia do que aquelas que realmente sabia quem eu era. Deixava de saber usar as patas, literalmente, e às vezes parecia nem saber comer. Olhava para a tigela da água demoradamente até começar a beber. Como se precisasse de perceber o que fazer com aquilo. Tinha convulsões localizadas com alguma frequência, era fácil de perceber porque batia os dentes como se estivesse cheia de frio. As noites eram muito difíceis, o que é típico em cães idosos e sobretudo nestas condições. Não sei quantas horas de sono a minha mãe ficou a dever à cama, a tentar acalmá-la e a limpar. Fotografia enviada por Ai de Mãe
A Boneca está há 13 anos connosco. Não sei como vai ser o futuro, mas depois de escapar tantas vezes ao quase inevitável, já não sei se lhe sobram muitas vidas. Costumo dizer-lhe que deve ser um gato com sete vidas. Por agora, vivo no momento, procuro não antecipar situações. Vai fazer medicação até ao fim dos seus dias. E garanto que a qualidade de vida e o bem-estar têm de estar assegurados. Fotografia enviada por Rita Ramalho Dias
Em Fevereiro de 2018 durante uma cirurgia para remover um dente a veterinária detectou ao Kaiser, então com 11 anos, um tumor no baço. Foi-nos dada a opção de remover o baço, o que implicaria uma cirurgia muito arriscada e com baixa taxa de sobrevivência, ou deixar o tumor evoluir, controlando logo desde início com a medicação possível. Optamos por não não fazer a cirurgia visto que ele não apresentava qualquer sintoma da doença e não operando a esperança média de vida seria de mais 1 ano. Custou imenso ver o Kaiser definhar dia após dia, apesar de ele não apresentar quaisquer sintomas de sofrimento. Sabia que à medida que o tumor aumentava o tempo que tínhamos com ele era cada vez menor. O último ano do Kaiser foi duro e ao mesmo tempo precioso. Aproveitamos cada minutinho e demos-lhe tudo aquilo a que ele tinha direito. Para sempre será o nosso "gentle giant" Fotografia enviada por Vera Rodrigues
Nina Simone @nandifa/Instagram
"It's not grey hairs, it's free highlihts." @margc13/Instagram
A Roxy é uma labradora de 17 anos, que apesar de bem velhinha, ainda se levanta por duas razões: carinho e comida! Eu emigrei para São Paulo há 8 anos e uma das coisas que mais me custa é não tê-la por perto...ela mora com a minha mãe, os meus irmãos e a irmã Bulldog surda na casa onde cresci. Todas as vezes que vou a casa preparo-me para ser a última vez que a vou ver embora tenha consciência que nunca vou estar preparada para isso...Já perdi outro cão (jovem) e foi a pior coisa que me aconteceu na vida! Fotografia enviada por Inês do Cruzeiro
A Tuxinha tem 16 anos e a Luisa e Ana adoptaram-na há dois anos, depois do dono ter morrido e mais ninguém querer ficar com ela. Fotografia enviada por Luisa Graça
Sodon é um pug de quase 8 anos que vive em Brasília. É um “pugão” na verdade, porque ele é enoooorme. Gosta de passear, mas não muito, e de dormir, muito. Leia-se que “gostar” não significa brincar... ele cheira, brinca três segundos e corre pra perto de algum humano pra ganhar carinhos, se aproveitando do fato de os outros cães estarem muito ocupados brincando entre si. Fotografia enviada por Emanuela Gouveia
O meu nome é Zita, tenho 24 anos e ele é o Bolinhas (eu sei...), que já caminha para os seus 16 aninhos. Os últimos anos têm sido uma luta constante, com a incerteza e o medo de mão dada lado a lado com o presente, pois não há maneira de prever/evitar o inevitável. No fundo, apenas tento manter-me positiva e aproveitar todos os momentos, ao máximo. Durante o último verão, a saúde dele foi-se deteriorando, com dois tumores confirmados e com a idade avançada, pensei que a hora dele tinha chegado. Felizmente, após uma semana de internamento e com toda uma rotina de cuidados paleativos, regressou a casa e eventualmente foi melhorando. No ínicio deste ano, surgiu a oportunidade de trabalhar no estrangeiro por um período de 6 meses, no qual me encontro agora. Com viagem marcada, a minha prioridade foi sempre aproveitar todos os momentos com ele, uma vez que nunca há garantias de nada. A última fotografia é de um desses momentos, pouco antes de partir de Portugal, decidi ir dar um passeio pela praia com ele. O Bolinhas acompanhou todo o meu crescimento, as fases em que nos descobrimos, desenvolvemos personalidade e nos definimos. É mais do que uma companhia, tem sido um amigo e um porto seguro de carinho e atenção. E, agora, chegou a hora de retribuir todo este amor e cuidar dele o melhor que consigo com todo o conforto e qualidade de vida possíveis. Tal como o Bolinhas, espero que todos os cães velhotes tenham direito a uns bons dias de descanso com os seus donos, pois, tal como eles nos dão tanto, não os podemos esquecer quando precisam mais de nós. Fotografia enviada por Zita Campos
Esta fotografia do Simão mostra, com clareza, a âncora que ele era na minha família. Foram 14 anos de muito amor e doidice. Cá por casa, há mesmo quem não se lembre da vida antes do Simão. Os últimos meses foram complicados, de muita perseverança, de uma descoberta pelos cuidados paliativos. Esta fotografia advém de uma sessão que fez parte do nosso processo de preparação para o dia em que sua teimosia fosse derrotada pela sua velhice. Estivemos ao lado dele, abraçados a ele, no seu último suspiro, uma condição obrigatória imposta a mim próprio. Não se ultrapassa, aprende-se a viver uma nova vida, tentando matar a saudade pelas lembranças. No dia em que ele faria 15 anos, plantaremos uma pequena árvore onde ele está sepultado, fazendo da vida um ciclo sem fim. Fotografia enviada por João Fortunato
Os cães sempre fizeram parte da minha vida mas quando resgatei a minha Kika não imaginava o quão privilegiada eu iria ser por ela ter feito parte da minha vida. Foram mais de 20 anos a amar, cuidar, tratar e respeitar este ser maravilhoso . No dia 1 deste mês tomei uma das decisões mais tristes e difíceis da minha vida e, com 21 anos, a minha princesa partiu e partiu-me o coração. Ficam as memórias e mais três patudos com 19, 11 e 10 anos. Fotografia enviada por Mónica Brandão
Vicky faz 11 anos em Setembro e foi adoptada há dois pela terceira vez. Primeiro, foi comprada e aos 2 anos passou a ter outra família. Motivo: cresceu muito. Aos 9 anos vai para o canil após o divorcio da 2º família. O cuidador não a queria em casa e ela passou meses num descampado à chuva e sol até ser novamente posta para adopção. Desta vez, escolheu ela a família: quando a fui visitar, após alguma desconfiança, entrou-me para dentro do carro e já não quis sair. Fotografia enviada por Célia Carvalho
Este é o Rex! Tem cerca de 13 anos e veio cá para casa dias após ter nascido. Atualmente tem um sopro no coração e faz medicação para cardíacos. Há pouco tempo começou também a fazer para o fígado. É um guloso e nem é preciso guloseima alguma para tomar os seus medicamentos! O Rex, ou Becas, como carinhosamente o chamamos, já está naquela fase de ouvir pouco e dormir muito mas nunca nega um bom passeio. Quem me dera que ele fosse eterno... Fotografia enviada por Andreia Soares
A Isis terá, segundo as nossas contas e da veterinária que a viu quando a acolhemos, cerca de 16 anos e meio; 15 anos e meio connosco ninguém lhe tira (nem a nós). A 23 de outubro de 2003, prontos para umas férias em Aveiro, parámos numa pastelaria para o café da manhã antes de seguirmos viagem...essa decisão mudou o rumo das nossas vidas uma vez que acabámos por não ir de férias para lado nenhum, mas sim ao veterinário com a nossa nova companhia canina. Após uma vida cheia de energia e peripécias, hoje em dia a Ísis pouco vê, pouco ouve, tem dificuldades de locomoção e problemas de coração; para além disso, e como gostamos de dizer, viaja frequentemente para outros mundos com a ajuda do seu cérebro envelhecido. Toma 5 comprimidos diariamente. A nossa vida também é ditada pela sua velhice: desde há 3 anos que não fazemos férias em locais para onde ela não possa ir connosco e diariamente damos-lhe colo para subir e descer as escadas de nossa casa; a conta do veterinário é assunto tabu. Há uns tempos comentei com a minha filha de 13 anos: "Já viste que a mãe e o pai vivem com a Ísis há já 16 anos??" Ao que ela me respondeu: "já viste que eu vivo com a Ísis desde que nasci?" Fotografia enviada por Inês Nicolau
Este é o meu Sunshine. Tem 11 anos e há pouco tempo descobrimos que tem diabetes, o que foi um choque. Logo de seguida, veio a insuficiência cardíaca e mais cuidados a ter. Eu faço tudo por ele. Não quero que ele sofra. Está comigo desde os 2 meses, esteve sempre comigo nos bons e maus momentos. Com ele aprendi muito e sou uma pessoa melhor. Não estou preparada para o que vem aí. Que seja daqui muitos anos! Fotografia enviada por Sílvia Cunha
14 anos desta rafeira linda que adora ir passear na relva, comer, dormir no seu puff, e acampar. De há uns tempos para cá tem tido dificuldades em andar e também tem uns ataques, tipo espasmos: coração fraquinho, disse o veterinário. Na segunda-feira, o coração dela chegou a parar, mas a rápida intervenção do meu pai fez com que ela fosse reanimada. Pensávamos que era o fim da nossa menina... Foi ao veterinário e depois de ser diagnosticada com insuficiência cardíaca ficou internada dois dias e regressou ontem a casa, com montes de medicação para tomar diariamente. Hoje já está mais "arrebitada", já anda melhor, já come e já se consegue deitar sozinha.. Resta-nos dar-lhe ainda mais carinho e proporcionar-lhe um final de vida com qualidade... Fotografia enviada por Carla Lamas
O Tintim tem 17 anos. Acompanha-nos para todo o lado, já não nos lembramos da vida sem ele. Há pouco mais de um ano, teve de ser operado a um tumor, que por pouco lhe levou a vida. Todos os dias fazíamos 400 quilómetros para o irmos visitar ao hospital veterinário. Foi muito duro, mas conseguimos ultrapassar. Com a idade veio o Alzheimer, já vê e ouve mal. Mas ninguém o pára quando ouve os tachos na cozinha. A melhor parte do dia dele é quando come os comprimidos com arroz e frango feito em casa. Dá um aperto no coração e um nó no estômago quando pensamos no futuro. Mas é aproveitar todos os dias ao máximo e proporcionar-lhe a melhor qualidade de vida possível. Fotografia enviada por Ana Filipe Esteves
A Joana foi adoptada há quase 13 anos, no Chiado, em Lisboa. Tinha 5 semanas, enroscou-se ao meu colo e adormeceu imediatamente. Tem sido uma viagem conturbada. Em 2013 foi diagnosticada com Doença de Addison, uma doença rara, pouco conhecida dos veterinários em Portugal e de diagnóstico difícil e caro. É uma doença crónica. A Joana precisará de medicação e cuidados diários até ao fim da vida. É uma preocupoação constante, uma despesa significativa e uma "prisão". Mesmo assim, posso dizer, sem quaisquer dúvidas ou reservas, que tudo o que possamos fazer por ela é pouco comparado com tudo o que ela nos dá. É um cão muito amado, sem vergonha e sem desculpas. Fotografia enviada por Sónia Fonseca
A Nina Simone tinha 2 meses cheios de energia quando chegou até nós. Aos 6 meses entrou para uma escola e espantem-se: a Nina Simone aprende tudo, ainda hoje! Mas se lhe levantam a voz, amua. Aos dois anos deu-me um puxão e fracturei uma perna. Resultado: 3 meses em casa. Foi a alegria da miúda. Nestes 14 anos a Nina foi sempre companheira. Comigo foi de férias, fins-de-semana, trabalhar, atravessou rios, montanhas, às vezes aos ombros e colo de amigos. É a minha sombra, há 14 anos que não vou ao wc sozinha! Neste momento tento poupá-la a aventuras, embora ela mostre sempre vontade ir. Há 3 anos foi-lhe diagnosticado um tumor no fígado, há 6 meses um carcinoma no pulmão... Ela ainda não está a sofrer, eu já. Fotografia enviada por Fernanda Antunes
A Balú nasceu com o objectivo de dar lucro: ninhadas e ninhadas depois, lá chegou à idade da "reforma" e, por isso, deixou de ter lugar onde estava. Adoptei-a com sete anos. Hoje tem 12, mas continua aí para as curvas. Parabéns pela iniciativa, realmente adoptar um cão sénior é do melhor que há e isso deve ser incentivado. Fotografia enviada por Cláudia Garlito
O Matrix é um cão provavelmente com 10 anos (encontrei-o abandonado e imagino que teria um ano ou um pouco mais). Foi e é um desafio devido a uma história que desconheçemos, mas que imaginamos os contornos! É meio maluquito e maniento mas é ainda um cão com muita energia. No Inverno só sai da cama lá para as 11 horas (mas isso também eu gostaria!) e gosta de roubar os brinquedos dos amigos que vêm passar umas temporadas cá a casa. Quando vamos passear só tem uma velocidade que é a corrida. Ainda bem que vivemos no campo. Temos de estar sempre a assobiar para ele não se perder pois corre tanto que se esquece de onde estamos! Esperemos que fique muito tempo ainda connosco e que seja sempre feliz à maneira dele. Parabéns pela iniciativa! Fotografia enviada por Sara Bello
Pevide, adoptado com quase 13 anos na União Zoófila. Procurava apadrinhar um cãozinho sénior e apaixonei-me por este patudo. Não estava nos meus planos adoptar nenhum animal mas ao fim de uns meses percebi que o amor por ele era imenso e apesar de estar consciente de que a nossa vida juntos seria curta, não podia deixá-lo morrer num canil. Veio para casa no dia 1 de Novembro de 2017 e partiu no dia 11 de Maio de 2019. É uma saudade imensa mas a certeza de que fomos muito felizes juntos. E que os dois soubemos o que era ser amado. Fotografia enviada por Maria José Reis
@_ricardogarrido_/Instagram
A Nina apareceu-me à porta de casa, ainda bebé, há quase 17 anos. Alguém a abandonou à sua sorte. E foi nesse dia que começou a nossa história. Sofre de síndrome de cushing, detectado há 5 anos; como consequência, no ano passado teve uma infecção renal grave... Superou, excedeu expectativas até. Actualmente, tem de fazer soro subcutâneo 4 dias por semana e faz uma medicação rigorosa, o que lhe permite ter qualidade de vida. Não é fácil, tanto a nível monetário, como psicológico, mas assumi um compromisso de vida com ela e vou até ao fim. Em Agosto faz 17 anos... E juntas, como sempre, vamos celebrar (assim espero). Um dia, ela não vai estar cá... e não consigo imaginar chegar a casa e não a ter a receber-me; será seguramente uma das fases mais difíceis que vou ter de enfrentar e nem quero pensar muito nisso. Prefiro desfrutar o tempo que ainda nos resta. Fotografia enviada por Agostinha Quintas
A minha cadela recolhia da rua, abandonada, estava grávida de 8 cães. Viveu comido durante 16 anos. Manteve sempre a mesma energia de quando a conheci. No final de vida estava muito doente mas nem assim dava parte de fraca. De todos os meus anos com ela, fica uma tatuagem com o focinho dela e todos os momentos que vivi ao seu lado. Fotografia enviada por João Bruno
Tinha eu 10 anos, quando a minha mãe me disse que íamos ter um novo membro na nossa família. Até então, tinha pânico de cães. Foi com ele que perdi o medo e hoje não consigo ver um cão e não lhe fazer uma festa. O Pacha é um cão com olhar de pessoa. É único, nunca conheci igual. Agora, com 14 anos, está com insuficiência pulmonar e, nestes últimos dias em que o calor aperta, o seu estado tem vindo a piorar. Custa-lhe a respirar cada vez mais e chegou o momento de termos de decidir: até quando o vamos poder ter connosco, sem comprometer o seu bem-estar. A sua qualidade de vida está acima de tudo. Mas não é nada fácil ter de dizer adeus ao nosso patudo que, durante 14 anos, fez parte desta família e muitas alegrias nos trouxe, dia após dia. Não quero pensar no dia em que vou acordar e não o vou ver mais, na sua cama, ansioso pelo seu pequeno-almoço. Não imagino uma vida sem o meu companheiro. Fotografia enviada por Mariana Monteiro
Apresento-vos a Princesa. Uma caniche, filha de uma velha amiga, a Lady, falecida em 2014. A Princesa, ao contrário da mãe Lady, nasceu aqui, comigo. Eu tinha 11 anos. Hoje tenho 26. Hoje noto o peso dos anos no andar e no olhar da minha amiga. Apesar disso, a Princesa insiste em ser uma amiga muito presente, e não me larga um único minuto. Verdade, não me larga um pedaço. Além disso, noto que tenta mostrar-me que está bem, que ainda é agil. No entanto, não é bem assim. Tem dores e uma marcha lenta. Já não consegue subir escadas, subir para a cama, nem muito menos subir às cadeiras, como tanto gostava, para nos pedir comida. Precisa de mim para a ajudar. E eu preciso dela mais do que ela precisa de mim. O fim está perto, sei. Mas o amor que tenho por ela está longe de acabar. Fotografia enviada por Liliana Pereira
Esta é a Xica, mais uma história de um podengo abandonado. Adoptei-a num canil de abate em Braga com 4 meses e este verão vai fazer 10 aninhos! Por baixo do pêlo branco que começa a aparecer no focinho, mora uma cadela vivaça e de personalidade forte. É muito difícil imaginar que um dia vou ter que lidar com a perda de um amigo de 4 patas, é como se fosse parte da familia. É enriquecedor, ao fim de um dia de trabalho cansativo, ser recebida sempre com euforia, pulos e lambidelas. Não me canso de dizer: temos muito a aprender com eles! Fotografia enviada por Eduarda Domingos
É a Canela. Entrou na nossa vida e mudou-a há 14 anos nas Caldas das Taipas, quando nos adotou. Fica triste quando não estamos todos juntos com ela, em casa. Só rosna quando quer mimos ou quando lhe apetece muito provar da nossa comida. Não queremos pensar em quando já não estiver connosco. Agora andamos mais devagar, mas continuamos a brincar muito. Fotografia enviada por Eduarda Gomes
A Paloma, à esquerda, já se encontra na família há 8 anos. A Bi, à direita, foi adoptada por nós há 2 anos, encontrada através do Facebook de uma associação que dizia que ela apenas procurava um cantinho para morrer. É quase surda, tem poucos dentes. O primeiro registo no boletim de vacinas data de 2003. O antigo dono era idoso e faleceu, antes dela ser entregue por familiares ao canil. Corre, come imenso, adora cheirar tudo e adora andar de carro... e nunca me deixa sozinho. Nunca. Fotografia enviada por Fernando Dias
Esta é a Luna, uma pastora alemã com 12 anos. Está comigo há cerca de dois anos, depois de a dona ter falecido. No início do ano, a Luna teve de ser operada de urgência por causa de uma piometra (um distúrbio uterino causado por uma infecção), porque não foi castrada, operação que se evita em animais séniores por causa do risco da anestesia. Quando veio para casa passei a noite em claro só para garantir que ela não se magoava. Ela é velhota e "casmurra", mas tem muita vontade de viver, e o meu dever é garantir que ela tem os cuidados que precisa: porque, afinal, a idade é só um número. Fotografia enviada por Márcia Oliveira
O meu bulldog francês tem oito anos e para a raça já é um jovem senhor. Ele sempre foi super activo e, há quatro anos, viemos do Brasil, porque, afinal, família permanece unida! Foi amor a primeira vista e é amor pra vida toda. Ele agora tem hérnias na coluna que não podem ser operadas. Tratamos com acupuntura e muito amor. Ele usa fraldas e suspensórios, e, para esse verão, vou comprar um carrinho para a família passear toda junta. Fotografia enviada por Gina Voss
Não sou pessoa madrugadora, estou sempre atrasada para os compromissos matinais e sou da estirpe que precisa de dez despertadores para me levantar. Porém, são 6h22 da manhã e aqui estamos. Mais que desperta há meia hora, depois de rondas e rondas de limpeza do pátio, refills do bebedouro e muito, muito suspiro, pelo estado do meu cãopanheiro que precisa de cuidados que não olham a horas. Durante todo este processo, tenho a imagem vívida da minha madrinha a dar de comer à boca da minha bisavó, a acompanhá-la aos banheiros, a carregá-la sozinha no colo até aos compartimentos. Fala-se do medo e da dor de os perder, mas sinto que nenhuma se equipara à que sinto neste momento: a de que ele esteja a sofrer, que queira ir embora. Um dia vamos ter de fazer a derradeira decisão e por muitas palmadinhas nas costas e “era o certo a fazer”, a dúvida se, na vida, fomos os mais certos, permanece. Estar no 1º ano de Medicina Veterinária faz-me indagar se tivesse sido daqui a 2, 3, 4 anos, se saberia cuidar melhor. Se saberia mais certeiramente quanto tempo nos restava com ele. Se a decisão ficava mais fácil. Acredito que não; o amor é a melhor licenciatura por vezes. Talvez tenha sido tola em convencer a minha mãe em adoptarmos o sénior de 13 anos que me conquistou com a sua expressão tristonha no site do canil da câmara municipal, já lá vai um ano. Mas estas lágrimas não são só de preocupação, desespero, tristeza: são de agradecimento pela forma como ele me tem acarinhado os dias desde que o trouxemos e paz por ele poder passar os seus últimos tempos, independentemente do prazo, com uma família a quem ele retribui todo o amor que transborda dos olhos mais meigos que conheci nesta vida. Fotografia enviada por Rafaela Suzano
A 17 de Janeiro de 2014, dia típico de Inverno, eu e o meu marido saímos para jantar fora. Se não fosse a importância do jantar, com aquele tempo, não teria saído. Felizmente saí. Junto ao nosso portão estava um cão pequenino que vi estar bem tratado. Não dei muita importância pois na zona de campo onde moro é normal os vizinhos terem cães pequenos que andam na rua e voltam a casa. O pior foi quando voltei às 2h da manhã e vi que o mesmo cão estava todo encolhido de baixo do carro do meu sogro. Agarrei logo nele, estava todo molhado da chuva. Levei-o para dentro. Nessa altura e com luz reparamos que era velhote, já com pêlo branco e falta de dentes mas muito bem cuidado. No dia seguinte perguntamos na vizinhança se o conheciam. Fomos logo informados que tinham visto um carro desconhecido e depois é que viram o cão por aqui. Não é preciso dizer muito mais. Infelizmente faleceu em Setembro de 2017 mas até nisso foi meu amigo pois morreu por si e não tive que tomar decisões difíceis. Fotografia enviada por Maria Elbling
A Maggie tem 13 anos. Nasceu cá em casa, de uma cadela de caça. Teve alguns problemas de saúde, mas nada de muito grave. Neste momento, tem um sopro no coração e come ração especial para os rins. Toma medicação para o coração e rins. Quando eu estou em casa, onde eu estou ela está ao meu lado. Noto que a visão já não é o que era e quando saímos à noite fica um pouco baralhada. A audição também já vai falhando e quando a chamo ela não consegue perceber de onde vem o som. Está numa fase mais carente e tenho de ter muita paciência porque nem sempre ela está bem disposta ou obedece ao que lhe peço. A minha principal preocupação é ela não se enervar, para não causar danos no coração. Ela detesta a ração especial renal que agora é obrigada a comer. Parto cereal a cereal e misturo com paté, também especial, para que ela consiga comer melhor. Mesmo com 13 anos, se a deixasse ir à praia, ela correria até não aguentar mais. Fotografia enviada por Neide Paixão
Esta é a Emma (Maria), tem 14 aninhos e está connosco desde os dois meses. Falar do que sinto por ela é quase uma tarefa impossível, pois o amor que lhe tenho é tão grande e incondicional que parece que transborda do meu peito. Ela ensinou-me o que é o verdadeiro amor incondicional e completamente altruísta. Sei que um dia vai partir e sei que vai ser devastador. Mas, para já, só quero aproveitar todos os momentos possíveis. Fotografia enviada por Joana Moreno
O Thor foi encontrado nas ruas de Salvador da Baía em pleno Carnaval, em 2007. Eu estava passando minhas férias na casa da minha avó como ja era hábito e por haver muitos animais de rua sempre me habilitei a cuidar, alimentar, reabilitar e procurar alguém para adoptá-los. Mas no caso deste não foi assim, houve uma ligação instantânea, comecei a tratar da sarna e todos os seus agravantes. Foram meses de tratamento, mas ficou lindo e todos o queriam. Eu já não o consegui deixar. De Salvador para São Paulo e agora a viver em Portugal. Um animal entre muitos que teve sorte de encontrar tanto amor e carinho. Fotografia enviada por Sofia Magalhães
O Travolta fez 16 anos no mês passado. Tinha sido abandonado já velhote, com uma úlcera num olho e um grave problema de pele. Quando nos encontramos foi amor à primeira vista. Ensina-nos todos os dias o que é amar incondicionalmente e vamos garantir que viva o resto da sua vida cheio de carinho, conforto e muitos mimos. Fotografia enviada por Andreia Querido
Sou o Leão, tenho 17 anos e os meus donos estão velhinhos, já têm 92 anos. Estou surdo, incontinente e tenho dificuldade em andar sem tropeçar, mas continuo com a mesma vontade de passear; sempre que consigo "enganar" o meu dono, fujo para dar a minha voltinha em liberdade. Volto sempre para casa com a mesma meiguice, porque preciso muito de carinhos e sei que os meus velhotes também precisam de mim. Fotografia enviada por Sónia Martins
Este é o Flock, adoptámo-lo há 8 meses. Sabemos pouco da sua história, foi resgatado da rua por uma voluntária de uma associação de proteção de animais (Ani - São João) em muito mau estado. Esteve hospitalizado durante algum tempo e foi aí que o conhecemos com um ar muito frágil e assustado. Não conseguimos ficar indiferentes ao sofrimento estampado nos seus olhos e as cicatrizes que tem no corpo confirmam que não deve ter tido uma vida fácil. Estima-se que tenha entre 8 a 10 anos. Sabemos que não o vamos ter muitos mais anos connosco, mas independentemente do tempo que temos juntos,o que queremos é que ele seja feliz. Tem sido uma experiência muito reconfortante, existe uma gratidão mútua. Adoptem um cão sénior, eles também merecem! Fotografia enviada por Carla Lima
Na altura em que a Kikas veio para a nossa família, ainda eu ainda vivia com os meus pais. Há 3 anos os meus pais mudaram-se para Taiwan e a querida Kikas mudou-se comigo para Lisboa e ficámos a viver juntas desde esse dia. Na altura tinha 8 anos, hoje com 11 anos esta minha companheira já começa a acusar a idade. É muito brincalhona e acho que por isso é que ainda não aparenta a idade que tem. Dou muitas vezes por mim a pensar como vai ser quando ela morrer, para além de termos crescidos juntas, nos últimos três anos ela tem sido a minha companhia diária. Pode parecer cliché, mas gostava que os meus filhos ainda a pudessem conhecer. Fotografia enviada por Beatriz Pires
Esta é a Flaustina. Gostamos de resumir a sua história numa frase: Foi ela que nos escolheu! A Flaustina começou a rondar a nossa casa e a começar por dormir no alpendre. No entanto, o Inverno chegou e os meus pais admitiram que o melhor era ela dormir na cozinha. Mais tarde, viemos a descobrir que a Flausti tinha donos e os mesmos acabaram por pedir que ficassemos com ela porque iriam emigrar. Tudo isto começou quando eu tinha oito anos, ao mesmo tempo que comecei a desenvolver uma patologia respiratória rara. A Flausti fez-me companhia nos piores momentos de saúde pelos quais passei e tenho memórias da minha infância com ela que nunca irei esquecer. Entretanto, actualmente, tenho 16 anos. Encontro-me em fase de tratamentos e bastante bem de saúde e a Flausti cá está, ao meu lado, já com 13 anos Fotografia enviada por Rita Teixeira
Este é o Rex, tem 17 anos e meio e já está connosco desde o primeiro mês de vida. Apesar da mobilidade reduzida e de todos os problemas de saúde que tem tido, continuamos a fazer tudo por ele. Fotografia enviada por Sofia Ferreira
O Balu, já em velhote, teve algumas sequelas de uma febre de carraça que teve em mais novo, alguns quistos e pedras nos rins. Tentámos tudo: muitas idas ao veterinário, internamentos, onde se sentia uma tristeza tal no olhar dele que era em casa que fazíamos os tratamentos. Até que a única solução seria operar, mas ele não aguentou. Fotografia enviada por Claudia Cordeiro
A Lou tinha 10 anos quando morreu. Veio resgatada do canil de Ponta Delgada, onde tinha sido deixada para abater. Tinha sido uma cadela parideira. Deu-nos três anos de puro amor e alegria. Morreu na sequência de uma anemia aguda de causas desconhecidas. Levou com ela uma parte dos nossos corações! Fotografia enviada por Isabel Valadão
A Becas e a Estrelinha estão na minha vida há 12 anos. No dia que se encontraram foi impossível separá-las. Na altura, já tínhamos a Estrela e o Tadeu (que ja faleceu) mas a cumplicidade de ambas foi tão forte que foi impensável qualquer separação. Não sabemos o futuro. Sabemos apenas que elas são mais teimosas que a doença cardíaca que, como tudo o resto, também partilham. Sabemos que o amor e o carinho que sentimos por elas tem sido importante para contrariar todas as previsões, permitindo assim que continuem connosco a encher as nossas vidas de alegria. Sabemos que a medicação tem sido muito importante para esta caminhada. No entanto, sabemos que ninguém está preparado para o que possa acontecer. Porque não sabemos como será a nossa vida, sem elas. Fotografia enviada por Telma Rocha
O Bolt foi adoptado a um familiar com cinco anos. Bulldog francês de olhar suspeito e postura agitada despertou em mim a minha faceta de cuidadora. Foi com uma boa refeição que dei o primeiro passo para o conquistar. Começou a revelar pequenos gestos de carinho. Tinha por hábito espreitar por debaixo do meu braço e subir para o meu colo. Recordo-me quando tropeçava nele, era a sombra que me acompanhava. O Bolt adoeceu, a operação era impensável pela idade e por ser um cão braquicefálico. Entre tratamentos, O Bolt cegou, mas sobreviveu. A minha sombra era ruidosa. Aprendeu a andar devagar e as feridas desapareceram. Voltamos a ser felizes. Após um ano, surgiram os ataques. Consegui recuperá-lo sempre. O Bolt lutou até ao fim. Saudades do meu "cãopanheiro". Fotografia enviada por Daniela Lopes
O Black tem 14 anos, é cego de nascença mas rapidamente aprendeu a lidar com toda a família e aprendeu a viver no seu ambiente. É um "mimadão" cuja a actividade preferida é definitivamente comer! Apesar das barbinhas brancas continua a ser um cão muito ativo e brincalhão. É e será sempre um membro da família Ramalho. E uma alegria e companhia para todos nós. Fotografia enviada por Carina Ramalho
Há três anos, entrou-nos pela garagem dentro um podengo português com uma hérnia gigante na barriga. Acabamos por descobrir o dono, um caçador, que nos cedeu de bom grado a cadela, até porque já não caçava, ouvia e via mal. Tinha cerca de 15 anos. Hoje, a Nina tem 17 e cada dia tem mais energia. De facto, ouve e vê mal, tem o olfato fraco e cansa-se muito rápido, mas é um exemplo de resiliência. Fotografia enviada por Bárbara Baltarejo
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Esta é a Goldie. Adoptei-a na Amiama depois de ela ter sido atropelada no IC19, perto da Amadora.Ninguém sabe quantos anos tinha, mas sei que já não era nova. Há 6 anos, quando me mudei para Toronto, a minha velhinha veio comigo e aprendeu o que era neve, brincou num parque só para cães e ía comigo a todo o lado. Até que há 2 anos o coração dela desistiu. Fotografia enviada por Dulce Gould

O epigenoma (que descreve as modificações do genoma que não afectam a sequência do ADN, mas determinam se os genes são ligados ou desligados quando são precisos) “traduziu sete semanas de cão para nove meses humanos”: a fase de desenvolvimento dos dentes. “Em seniores, a esperança média de vida dos labrador retrievers, 12 anos, traduziu-se correctamente para a esperança média de vida dos humanos, 70 anos”, escreveu a equipa. “Eu tenho uma cadela de seis anos. Ela corre comigo, mas agora percebi que ela não é tão jovem como pensava”, disse Ideker, que começou a olhar para o seu animal de companhia de forma diferente, depois do estudo.

Para contornar a limitação de terem estudado apenas uma raça de cão, quando há raças com esperanças de vida diferentes, os investigadores vão “testar outras raças, determinar se os resultados se mantêm usando amostras de saliva, e testar ratos para ver o que acontece aos seus marcadores epigenéticos quando tentamos prolongar a vida delas com uma variedade de intervenções”.

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