Três secretarias de Estado ficam fora de Lisboa
Gabinetes governamentais da Valorização do Interior, da Acção Social e da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território vão para Bragança, Guarda e Castelo Branco, respectivamente.
Três das cinquenta secretarias de Estado do Governo vão funcionar de forma descentralizada e terão sede fora de Lisboa. A decisão só agora foi tomada, apesar de ser um assunto em discussão desde a tomada de posse do executivo, no final de Outubro.
A Secretaria de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, ocupada por João Catarino, ficará em Castelo Branco. O governante já estava nesta capital de distrito, onde tutelava a Valorização do Interior. Agora, esta pasta muda de mãos e passa a ser gerida a partir de Bragança. Aliás, Isabel Ferreira, secretária de Estado da Valorização do Interior, já está desde segunda-feira instalada em Bragança (onde vive). Finalmente, a Secretaria de Estado da Acção Social, de que é titular Rita da Cunha Mendes, terá sede na Guarda, a partir de 9 de Dezembro.
Todas estas estruturas governamentais manterão gabinetes em Lisboa, nos respectivos ministérios.
Onde ficam os novos gabinetes
Tal como vinha acontecendo até aqui, João Catarino continuará a ocupar o edifício do antigo Governo Civil em Castelo Branco. O mesmo que no anterior Governo albergou a Secretaria de Estado da Valorização do Interior. Aí trabalharão cinco membros da equipa do secretário de Estado e serão feitas audiências. O mesmo edifício servirá para outros membros do Governo, sobretudo do Ministério do Ambiente e Acção Climática, fazerem as suas reuniões.
Em Bragança, a secretaria de Estado fica sediada no Brigantia EcoPark, onde vão trabalhar em permanência três funcionários. Refira-se que a secretária de Estado, Isabel Ferreira, é investigadora do Instituto Politécnico de Bragança e vive na cidade, pelo que esta deslocalização não significa grandes mudanças na sua vida.
A sede da Secretaria de Estado da Acção Social ficará instalada no Centro Distrital da Guarda do Instituto da Segurança Social e, temporariamente, na delegação distrital da Guarda do Instituto da Mobilidade e dos Transportes. A região não é estranha para Rita da Cunha Mendes, que foi vice-presidente da Câmara Municipal de Aguiar da Beira.
A deslocalização de secretarias de Estado para estas três cidades do interior só agora foi confirmada oficialmente, mas já vinha sendo referida ao ponto de vários agentes locais terem comentado as opções do primeiro-ministro e dos seus ministros. Um deles foi o social-democrata que preside à Câmara da Guarda. “Eu não tinha nenhuma informação oficial de que tal pudesse vir a acontecer, mas é com muita satisfação que a Guarda acolhe esta secretaria de Estado, ainda por mais sempre com este objectivo claro de poder valorizar o território e de a partir dele também valorizar a capacidade de realização, designadamente nesta esfera da inclusão e da acção social, como é a intenção do Governo e que nós também queremos cooperar”, disse recentemente Carlos Chaves Monteiro.