Legislativas 2019

À janela da campanha, o que vêem os portugueses?

No banco de um jardim, à janela, de férias ou a caminho do trabalho. Como olham os cidadãos para a campanha política que antecede as eleições legislativas? Que importância dão ao voto? Retratos de um país que se prepara para escolher os seus representantes na Assembleia da República.

"Acompanho mais ou menos, pela rádio. Gosto de saber em quem vou votar, quero estar informado mas só se ouve falar em Tancos. Eu quero é saber o que é que eles vão fazer nos próximos quatro anos. O passado já não interessa. Voto sempre. Quer dizer, vou lá sempre mas às vezes não voto." Arcílio, 55 anos, residente em Faro Pedro Fazeres
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"Acompanho mais ou menos, pela rádio. Gosto de saber em quem vou votar, quero estar informado mas só se ouve falar em Tancos. Eu quero é saber o que é que eles vão fazer nos próximos quatro anos. O passado já não interessa. Voto sempre. Quer dizer, vou lá sempre mas às vezes não voto." Arcílio, 55 anos, residente em Faro Pedro Fazeres

A segunda semana de campanha já vai a meio e os portugueses preparam-se, no domingo, para escolher os seus representantes na Assembleia da República. De acordo com as últimas sondagens, feitas pela Universidade Católica Portuguesa para o PÚBLICO, o PS deverá vencer estas eleições, embora sem maioria absoluta.

De acordo com os dados conhecidos nesta quarta-feira, o PS alcança os 37% e o PSD chega aos 30%. Em terceiro lugar, surge o BE com 10%, seguido do PCP com 6%, do CDS com 5% e do PAN com 3%.

As mesmas sondagens apontam para que a Assembleia da República passe das actuais seis forças políticas para oito: o Iniciativa Liberal e o Livre podem conseguir assento parlamentar. Joacine Katar Moreira (Livre) e​ João Cotrim de Figueiredo (Iniciativa Liberal) podem ser eleitos através do círculo eleitoral de Lisboa.

Siga a cobertura do PÚBLICO sobre as próximas legislativas aqui, com notícias do dia, reportagens, opinião, análise e as rúbricas "Prova dos Factos" e "Explique lá melhor".

"Tenho acompanhado a campanha eleitoral porque me interesso pelas propostas e quero saber o que é que eles estão a pensar fazer. Em causa está o bom funcionamento do país e as leis que eles querem aplicar. Já sei em que vou votar." Anabela Bernardo, 54 anos, residente em Massamá
"Tenho acompanhado a campanha eleitoral porque me interesso pelas propostas e quero saber o que é que eles estão a pensar fazer. Em causa está o bom funcionamento do país e as leis que eles querem aplicar. Já sei em que vou votar." Anabela Bernardo, 54 anos, residente em Massamá Pedro Fazeres
"Tenho visto algumas declarações dos políticos, mas muito pouco. Estou de férias e tenho outras coisas em que pensar. Em França, não nos preocupamos muito com a política portuguesa, é mais importante para nós seguirmos o que se passa lá. O que se passa cá não nos afecta muito, mas temos orgulho em ser portugueses. Não vou votar porque não trouxe os papéis necessários. Se estivesse lá, votava por correspondência." António Domingos, 65 anos, emigrante em França de férias em Faro
"Tenho visto algumas declarações dos políticos, mas muito pouco. Estou de férias e tenho outras coisas em que pensar. Em França, não nos preocupamos muito com a política portuguesa, é mais importante para nós seguirmos o que se passa lá. O que se passa cá não nos afecta muito, mas temos orgulho em ser portugueses. Não vou votar porque não trouxe os papéis necessários. Se estivesse lá, votava por correspondência." António Domingos, 65 anos, emigrante em França de férias em Faro Pedro Fazeres
"Acompanho a campanha pela televisão. Votei há dois anos, não vi interesse nem resultados. Decidi não votar em ninguém este ano, votar em branco." Daniel, 20 anos, residente em Vila Real
"Acompanho a campanha pela televisão. Votei há dois anos, não vi interesse nem resultados. Decidi não votar em ninguém este ano, votar em branco." Daniel, 20 anos, residente em Vila Real Rui Gaudêncio
"Sigo a campanha política pela televisão e vou votar por uma vida melhor." Maria da Graça, 74 anos, residente em Buarcos, Figueira da Foz
"Sigo a campanha política pela televisão e vou votar por uma vida melhor." Maria da Graça, 74 anos, residente em Buarcos, Figueira da Foz Rui Gaudêncio
"Tenho acompanhado principalmente os debates porque eu acho que o confronto directo entre os diferentes candidatos é muito mais relevante do que propriamente a campanha. Conseguem difundir ideias e discuti-las. Eu continuo a achar que existe um centro muito economicista e que não existe muito espaço de manobra para questões mais sociais e culturais. É muito à base do Orçamento de Estado, de questões mais económicas. A política é discutir várias áreas e não apenas a economia. Vou votar porque é um direito que nós todos ganhamos e não queremos passar por outro 25 de abril.  Acho que não é só um direito como um dever." Alexandre Freitas, 20 anos, residente em Famalicão
"Tenho acompanhado principalmente os debates porque eu acho que o confronto directo entre os diferentes candidatos é muito mais relevante do que propriamente a campanha. Conseguem difundir ideias e discuti-las. Eu continuo a achar que existe um centro muito economicista e que não existe muito espaço de manobra para questões mais sociais e culturais. É muito à base do Orçamento de Estado, de questões mais económicas. A política é discutir várias áreas e não apenas a economia. Vou votar porque é um direito que nós todos ganhamos e não queremos passar por outro 25 de abril. Acho que não é só um direito como um dever." Alexandre Freitas, 20 anos, residente em Famalicão Teresa Pacheco Miranda
"Só vejo muito por alto porque acho que é sempre a mesma coisa, mais do mesmo. Tenho visto muita força de vontade para tentar resolver os problemas, mas na hora da verdade vai-se ver e todos os que lá passam pouco ou nada fazem. Vou votar porque é um direito que tenho e um dever. Muita gente lutou para o podermos fazer. Ideologicamente eu identifico-me mais com um lado do que com outro, mas não há um partido em concreto que eu possa dizer: «é mesmo isto». Actualmente, não há. Mas já houve." Conceição Coelho, 45 anos, residente no Porto
"Só vejo muito por alto porque acho que é sempre a mesma coisa, mais do mesmo. Tenho visto muita força de vontade para tentar resolver os problemas, mas na hora da verdade vai-se ver e todos os que lá passam pouco ou nada fazem. Vou votar porque é um direito que tenho e um dever. Muita gente lutou para o podermos fazer. Ideologicamente eu identifico-me mais com um lado do que com outro, mas não há um partido em concreto que eu possa dizer: «é mesmo isto». Actualmente, não há. Mas já houve." Conceição Coelho, 45 anos, residente no Porto Teresa Pacheco Miranda
"Não tenho acompanhado muito. Hoje de manhã ouvi na rádio a campanha do PPM. O que tenho ouvido é na rádio. Por norma, não acompanho. Vou votar muito esporadicamente. Para ser sincero, acho que já não voto há uns três anos." Bruno Mendes, 28 anos, residente no Porto
"Não tenho acompanhado muito. Hoje de manhã ouvi na rádio a campanha do PPM. O que tenho ouvido é na rádio. Por norma, não acompanho. Vou votar muito esporadicamente. Para ser sincero, acho que já não voto há uns três anos." Bruno Mendes, 28 anos, residente no Porto Teresa Pacheco Miranda
"A campanha é sempre a mesma coisa. Vejo na televisão, mas já não tenho idade para acompanhar. Vou votar porque tem de ser." Germano Moreira, 88 anos, residente no Porto
"A campanha é sempre a mesma coisa. Vejo na televisão, mas já não tenho idade para acompanhar. Vou votar porque tem de ser." Germano Moreira, 88 anos, residente no Porto Teresa Pacheco Miranda
"Tenho lido as notícias, acompanhado os debates na televisão e na rádio. Vejo o Gente que Não Sabe Estar. Acho que há partidos que têm uma boa campanha mas não mudam a minha maneira de pensar. Onde se prende mais a minha opinião de voto será nos debates. Vou votar porque acho que é um direito de todos nós, devemos isso aos nossos antepassados que lutaram tanto. Especialmente por ser mulher." Maria Jorge, 20 anos, residente no Porto
"Tenho lido as notícias, acompanhado os debates na televisão e na rádio. Vejo o Gente que Não Sabe Estar. Acho que há partidos que têm uma boa campanha mas não mudam a minha maneira de pensar. Onde se prende mais a minha opinião de voto será nos debates. Vou votar porque acho que é um direito de todos nós, devemos isso aos nossos antepassados que lutaram tanto. Especialmente por ser mulher." Maria Jorge, 20 anos, residente no Porto Teresa Pacheco Miranda
"O que vejo é cada um a puxar para o seu lado, como é natural, mas ouvem-se mais críticas entre os partidos do que propriamente medidas concretas. Por exemplo, na questão do ambiente, que eu acho mais importante, não vejo os partidos a preocuparem-se com isso. Vejo mais a preocuparem-se com Tancos ou com questões do Orçamento de Estado. Isso incomoda-me um bocadinho. Não gosto de ver. Já têm falado do assunto, nas legislativas anteriores não me lembro de se ter falado tanto do Ambiente. Já é um progresso, mas acho que devia haver muito mais. Vou votar porque é uma conquista que não devemos nunca esquecer. É um direito e um dever e acho importante todos votarmos. Os adolescentes e o pessoal mais jovem têm que se fazer ouvir porque senão isto não anda para a frente." Salomé Silva, 20 anos, residente em Gaia
"O que vejo é cada um a puxar para o seu lado, como é natural, mas ouvem-se mais críticas entre os partidos do que propriamente medidas concretas. Por exemplo, na questão do ambiente, que eu acho mais importante, não vejo os partidos a preocuparem-se com isso. Vejo mais a preocuparem-se com Tancos ou com questões do Orçamento de Estado. Isso incomoda-me um bocadinho. Não gosto de ver. Já têm falado do assunto, nas legislativas anteriores não me lembro de se ter falado tanto do Ambiente. Já é um progresso, mas acho que devia haver muito mais. Vou votar porque é uma conquista que não devemos nunca esquecer. É um direito e um dever e acho importante todos votarmos. Os adolescentes e o pessoal mais jovem têm que se fazer ouvir porque senão isto não anda para a frente." Salomé Silva, 20 anos, residente em Gaia Teresa Pacheco Miranda
"Não tenho acompanhado a campanha por falta de interesse. Tenho outras prioridades. Este é o primeiro ano em que voto. Já votei nas europeias e agora também irei, já sei em quem." Rita Vitorino, 19 anos, residente em Lisboa
"Não tenho acompanhado a campanha por falta de interesse. Tenho outras prioridades. Este é o primeiro ano em que voto. Já votei nas europeias e agora também irei, já sei em quem." Rita Vitorino, 19 anos, residente em Lisboa Teresa Abecasis
"Tenho acompanhado a campanha, mas já tenho o meu voto escolhido. Vejo muita aldrabice, prometem tudo e quando chegam lá não fazem nada. Cada um defende o seu tacho. O que me preocupa mais neste momento são as condições para os idosos e as reformas. Em Lisboa, não há lares para os idosos." António Pereira, 84 anos, residente em Lisboa
"Tenho acompanhado a campanha, mas já tenho o meu voto escolhido. Vejo muita aldrabice, prometem tudo e quando chegam lá não fazem nada. Cada um defende o seu tacho. O que me preocupa mais neste momento são as condições para os idosos e as reformas. Em Lisboa, não há lares para os idosos." António Pereira, 84 anos, residente em Lisboa Teresa Abecasis
"De uma forma geral, tenho acompanhado. Tenho pena que haja ataques pessoais entre candidaturas, nota-se um rancor entre as pessoas. Isso não é bom para o debate, para a democracia nem para o esclarecimento das propostas. Eu diria que nós temos 50% do voto já pré-definido e os outros 50% dependem dos factos que vão surgindo e da campanha. Tenho o meu voto escolhido. Vou votar, quero fazer parte das decisões em relação ao futuro do meu país. Não ir votar é deixar que sejam os outros a decidir o nosso futuro. Isso é uma afronta à democracia e a todas as pessoas que lutaram pela democracia. Temos todos o dever e a obrigação de ir votar." Carlos Paiva Raposo, 46 anos, residente em Colares, Sintra
"De uma forma geral, tenho acompanhado. Tenho pena que haja ataques pessoais entre candidaturas, nota-se um rancor entre as pessoas. Isso não é bom para o debate, para a democracia nem para o esclarecimento das propostas. Eu diria que nós temos 50% do voto já pré-definido e os outros 50% dependem dos factos que vão surgindo e da campanha. Tenho o meu voto escolhido. Vou votar, quero fazer parte das decisões em relação ao futuro do meu país. Não ir votar é deixar que sejam os outros a decidir o nosso futuro. Isso é uma afronta à democracia e a todas as pessoas que lutaram pela democracia. Temos todos o dever e a obrigação de ir votar." Carlos Paiva Raposo, 46 anos, residente em Colares, Sintra Teresa Abecasis
"Tenho acompanhado muito pouco, apesar de ser bastante interessada. Vejo os títulos e vejo o Ricardo Araújo Pereira. Eu já tenho as minhas ideias feitas e normalmente a campanha não influi muito. Interessa-me como corre para o campo em quem eu voto, mas não acompanho as tricas. Vou sempre votar." Maria João Lemos, 52 anos, residente em Lisboa
"Tenho acompanhado muito pouco, apesar de ser bastante interessada. Vejo os títulos e vejo o Ricardo Araújo Pereira. Eu já tenho as minhas ideias feitas e normalmente a campanha não influi muito. Interessa-me como corre para o campo em quem eu voto, mas não acompanho as tricas. Vou sempre votar." Maria João Lemos, 52 anos, residente em Lisboa Teresa Abecasis
"Não tenho visto muita televisão e não tenho acompanhado muito. Vou votar e estava a pensar informar-me melhor nesta última semana de campanha. Já tenho uma decisão mais ou menos formada, penso que a campanha não vai influenciar o meu voto." Rui Carrondo, 22 anos, residente em Lisboa
"Não tenho visto muita televisão e não tenho acompanhado muito. Vou votar e estava a pensar informar-me melhor nesta última semana de campanha. Já tenho uma decisão mais ou menos formada, penso que a campanha não vai influenciar o meu voto." Rui Carrondo, 22 anos, residente em Lisboa Teresa Abecasis