PSD de Coimbra quer estação central de transportes na cidade construída de raiz

A proposta recupera o projecto do arquitecto e urbanista espanhol Joan Busquets, de 2010, na zona da Pedrulha.

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Estação ficaria a norte de Coimbra B bruno lisita

O PSD de Coimbra defendeu nesta quinta-feira a “construção de raiz” de uma estação central na cidade, localizada a cerca de 600 metros a norte da actual gare ferroviária de Coimbra B, que garanta a intermodalidade de transportes.

A proposta, que foi apresentada pelo presidente da comissão política concelhia dos sociais-democratas de Coimbra, Nuno Freitas, recupera o projecto do arquitecto e urbanista espanhol Joan Busquets, de 2010, inscrito no PDM [Plano Director Municipal] como Entrada Poente de Coimbra, localizado 600 metros a norte de Coimbra-B”, na zona da Pedrulha.

Com um custo estimado de 34 milhões de euros, a nova estação central de Coimbra, assegurando “total intermodalidade de transportes e novas valências urbanas, de acessibilidades e de fixação empresarial”, constitui “uma aposta estratégica do concelho e da região, assumindo-se como vector chave da expansão urbana e económica de Coimbra”, sustenta o PSD.

A preconizada estação central de Coimbra surge como alternativa ao projecto anunciado pelo Governo, em Fevereiro, visando “requalificar a estação de Coimbra B em simultâneo com as obras necessárias para a adaptação da solução MetroBus, entre 2020 e 2022”.

A solução apresentada pelo Governo “agrada ao presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado”, sublinha o PSD referindo que o autarca socialista “incluiu no seu programa eleitoral de 2013 uma “nova estação central de Coimbra” que entretanto caiu”.

Aquilo que foi anunciado para Coimbra B “é praticamente limpar a estação”, não resolve “o problema [do terminal] das camionetas” nem permite a instalação dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos (SMTUC), “enfim, não tem quase intermodalidade nenhuma”, afirma, à agência Lusa, Nuno Freitas, sublinhando que “o próprio MetroBus fica entre a estação e a estrada” (acesso poente à cidade).

Além disso, a manutenção da actual localização de Coimbra B “não permite a duplicação da Linha do Norte, nem admite a alta velocidade (questão que há de voltar a colocar-se)” e, “como plataforma logística, é muito limitada”, sustenta.

Trata-se de “opções estratégicas que abram o futuro”, sintetiza Nuno Freitas, destacando ainda que, para além das vantagens apontadas, a recuperação do projecto de Busquets também permite, por exemplo, a criação de uma nova polaridade de acesso a Coimbra, “maior quantidade de terminais logísticos para mercadorias” e revitalizar o “tecido envolvente para localização empresarial” (Loreto/Pedrulha), e “impõe a concretização do “anel da Pedrulha” para ligação às circulares rodoviárias” da cidade.

O PSD de Coimbra vai apresentar e defender de forma “intransigente” a proposta, designadamente nas assembleias Municipal e da Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra e na da Câmara Municipal, e inscrevê-la no seu programa eleitoral para o círculo de Coimbra, nas eleições legislativas.