Embaixada junta marcas do Príncipe Real para mostrar que o bairro é Pretty Real

Com este projecto, a galeria comercial pretende dinamizar o bairro histórico lisboeta e promover os designers e marcas portuguesas.

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Com o objectivo de dinamizar o Príncipe Real, em Lisboa e apoiar os designers e marcas portuguesas, a galeria comercial Embaixada criou o projecto Pretty Real. Começa amanhã e termina no domingo, entre 11 e 14 de Abril, o bairro lisboeta vai receber três eventos: um desfile de moda, uma exposição fotográfica – que se estende até Maio – e um fim-de-semana de descontos e ofertas.

Catarina Lopes, directora executiva da Eastbanc – a empresa que gere a Embaixada – e moradora do bairro, revela que a ideia para o projecto surgiu de forma “muito espontânea” e partiu de uma colaboradora nova da empresa, Benvinda Rosário, que questionou durante a sua entrevista de emprego: “Por que não se faz um desfile de moda com as marcas do Príncipe Real?”

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Logótipo da iniciativa DR

É isso mesmo que a Embaixada vai fazer, já amanhã, com a ajuda dos seus parceiros de projecto, a ETIC - Escola de Tecnologias, Inovação e Criação e a ageência de modelos Muzt Agency: Real People. O desfile Pretty Real não terá um tema, já que o importante é “transmitir o estilo, o que é bonito, autêntico e serem pessoas reais [a desfilar]”. Por isso, com este projecto, a Embaixada vai contrariar a tendência “das modelos serem muito jovens e magras”, para estimular a diversidade na moda, já que “os corpos e a beleza são de todas as idades”, diz Catarina Lopes. 

A escolha dos modelos foi feita em meados de Março, com um casting nas ruas do Príncipe Real. “Contactamos pessoas na rua, que tinham presença, de todas as idades e feitios de corpo, estilo, com boa atitude. Muitos eram pais e filhos”, explica a responsável, acrescentando que houve “muita adesão” ao evento, que também tinha sido publicitado nas redes sociais da galeria. Ao todo, foram seleccionadas 40 pessoas entre os 5 e os 60 anos.

As marcas que vão participar no desfile, também irão integrar o Pretty Real Weekend, um fim-de-semana de descontos e ofertas, que conta com 26 lojas aderentes. Catarina Lopes explica que “a Eastbanc gere grande parte do comércio de rua do Príncipe Real, cerca de 50% do trecho entre a Rua da Rosa e a entrada do Jardim Botânico”. Assim, grande parte das marcas portuguesas que participam pertencem à Embaixada, um espaço dedicado “ao produto e design português”. Ainda assim, o projecto Pretty Real conta com marcas que não estão associadas como a Boa SafraCastelbel, Moskkito e Alexandra Moura, por exemplo. 

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Alguns dos rostos que passaram pelo casting, no dia 23 de Março DR

A diversidade também estará presente na exposição fotográfica Pretty Real People, que vai apresentar as personalidades mais emblemáticas da história do bairro, que por lá “residam ou trabalhem”. As fotografias foram captadas por estudantes da ETIC e vão estar expostas na sede de Embaixada, no Palacete Ribeiro da Cunha, a partir de amanhã e até 2 Maio.

“Temos o Sr. Oliveira do quiosque, o dono do Trumps [Marco Mercier], a bailarina do Finalmente [club], Deborah Kristall, os chefs Diogo Noronha e Henrique Sá Pessoa, o empregado mais antigo do Pavilhão Chinês”, enumera Catarina Lopes ao PÚBLICO, orgulhando-se por também integrar a mostra ao lado do seu “carismático” cão, um jack-russell de 12 anos, que é conhecido no bairro por não dar “confiança a ninguém”.

“O evento Pretty Real é um statement de inclusão, que reforça os valores intrínsecos do bairro, do real e do autêntico. Além disso, este acontecimento pretende apoiar os designers e pequenas marcas portuguesas, com vista a divulgar as marcas nacionais, sustentáveis e artesanais”, conclui. ​

Texto editado por Bárbara Wong

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