Alarmes voltaram a soar no Brasil: outra barragem entrou em risco de colapso
Operações de buscas pelos 250 desaparecidos da tregédia de sexta-feira já retomadas. A Vale, a maior empresa de mineração do Brasil, disse que havia outra represa em risco e deu o alarme.
As operações de busca e salvamento em Brumadinho, no estado brasileiro de Minas Gerais, foram interrompidas neste domingo durante algumas horas devido ao risco de outra barragem colapsar. As sirenes de alarme foram accionadas às 5h30 (hora local) e os moradores das zonas mais baixas começaram a sair de suas casas. Ao início da tarde as buscas foram retomadas e o alerta foi levantado.
Na sexta-feira, rompeu-se a barragem da Mina Córrego do Feijão, da maior empresa de mineração do Brasil, a Vale. Três diques da chamada Dam I cederam e há 37 mortos confirmados e centenas de desaparecidos; a Vale divulgou o nome de 250 funcionários que não consegue contactar - já foram resgatados dezenas de corpos da lama contaminada que engoliu casas e a zona administrativa do complexo.
Neste domingo, a Vale alertou para o risco de outra represa ruir. Em comunicado, a empresa explicou que activou os alarmes depois de "detectar um aumento nos níveis de água no Dam VI", uma estrutura que faz parte da mina de Córrego do Feijão.
Tratam-se de barragens de contenção, ou seja que retêm água e detritos contaminados provenientes da actividade de mineração.
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, anunciou a chegada hoje de um avião israelita com técnicos, pessoal médico e equipamento para apoiar nas buscas. "São 140 pessoas e 16 toneladas de equipamentos", escreveu o Presidente brasileiro na sua conta na rede social Twitter.
Jair Bolsonaro sobrevoou no sábado a área onde aconteceu a tragédia de sexta-feira e o Governo multou no equivalente a 58 milhões de euros a empresa, dinheiro para pagar danos e indemnizações.
O Presidente brasileiro chegou neste domingo a São Paulo onde vai ser operado para retirar a bolsa de colostomia que usa desde que sofreu um atentado durante a campanha das presidenciais do final do ano passado. É a terceira operação a que é submetido desde o atentado. No período de internamento, o vice-presidente, o general de reserva Hamilton Mourão, assume as funções do Presidente.