Comité Olímpico confiante na introdução dos 50 km marcha femininos em Tóquio2020
A Associação Internacional das Federações de Atletismo já se manifestou sobre a participação feminina na disciplina dos 50 quilómetros marcha, onde Portugal já esteve bem sucedido este ano.
O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) considerou esta quinta-feira "muito positivo" que a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) tenha submetido um pedido para que os 50 km marcha femininos façam parte do programa olímpico.
"É muito positivo que a IAAF tenha submetido ao Comité Olímpico Internacional um pedido para que seja posta a possibilidade de haver uma prova de 50 km marcha femininos, estabelecendo assim um regime de paridade relativamente ao que já acontece no âmbito da participação masculina", disse José Manuel Constantino à agência Lusa.
O presidente do COP observou que a inclusão dos 50 km marcha femininos no programa olímpico abre "boas perspectivas" para Portugal, tendo em consideração os resultados que a atleta Inês Henriques tem alcançado nessa disciplina.
Os 50 km marcha masculinos já existem nos Jogos Olímpicos, mas a vertente feminina ainda não. A IAAF ouviu várias marchadoras, entre elas a portuguesa Inês Henriques, primeira campeã europeia e mundial, e a solicitação oficial seguiu para o Comité Olímpico Internacional (COI), que decidirá se aceita, ou não, incluir a disciplina no programa de atletismo dos Jogos.
A prova feminina de 50 km marcha foi, pela primeira vez, incluída nos Mundiais de atletismo de 2017, em Londres, e a marchadora portuguesa conquistou a medalha de ouro e estabeleceu um novo recorde do mundo, com o tempo de 4:05.56 horas.
A dois anos de distância de Tóquio2020, o presidente do COP disse ainda que é "prematuro" fazer uma análise às possibilidades portuguesas nos Jogos Olímpicos, mas garantiu que "a preparação está a correr normalmente" e que existe uma "expectativa positiva quanto ao número de modalidades, atletas e resultados" que poderão ser alcançados.