Tancos. Marcelo questiona Costa esta tarde

O Presidente da República vai aproveitar a audiência semanal para discutir com o primeiro-ministro os últimos desenvolvimentos do processo

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LUSA/TIAGO PETINGA

A acusação de que o ministro da Defesa sabia da encenação montada pela Polícia Judiciária Militar - feita ao juiz de instrução criminal pelo ex-responsável da investigação a Tancos por parte da Polícia Judiciária, Vasco Brazão, e desmentida por Azeredo Lopes - vai ser hoje debatida na habitual reunião semanal entre Presidente e primeiro-ministro no Palácio de Belém. 

A audiência deverá acontecer depois da cerimónia de comemorações da implantação da República em Loures, onde o Presidente vai estar presente. É o segundo ponto da agenda oficial desta tarde - Marcelo compareceu primeiro à tomada de posse do novo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, juiz conselheiro António Joaquim Piçarra.

Marcelo mostrou várias vezes em público a sua preocupação com o roubo de Tancos e as suas consequências para as Forças Armadas, de que é comandante supremo. Em 14 de Julho, quando fez um ano sobre o desaparecimento do material dos paióis, fez publicar uma nota no site da Presidência aumentando o tom "de modo ainda mais incisivo e preocupado": "O Presidente da República reafirma, de modo ainda mais incisivo e preocupado, a exigência de esclarecimento cabal do ocorrido com armamento em Tancos. E tem a certeza de que nenhuma questão envolvendo a conduta de entidades policiais encarregadas da investigação criminal, sob a direcção do Ministério Público, poderá prejudicar o conhecimento, pelos portugueses, dos resultados dessa investigação. Que o mesmo é dizer o apuramento dos factos e a eventual decorrente responsabilização". O que parece agora evidente é que terá sido uma das entidades policiais - a Polícia Judiciária Militar - que tentou mesmo prejudicar "o conhecimento dos resultados da investigação", ainda que invocando o "interesse nacional", como afirmou o antigo director da Polícia Judiciária Militar. 

 

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