Mora instala Museu do Megalitismo em antiga estação de comboios

Projecto custa 2,5 milhões de euros e visa complementar a oferta turística do concelho alentejano.

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Estação ferroviária está desactivada há mais de 20 anos Miguel Manso/Arquivo

O presidente da câmara, Luís Simão, destaca o carácter “inovador” do novo espaço. "Museus onde estão expostas peças megalíticas [de há 5000 a 3000 anos a.C] há muitos, mas nós queremos ir mais longe, porque os museus afirmam-se pela diferença", disse o autarca à Lusa.

Em comunicado, a autarquia diz que o projecto “privilegia a interactividade entre o visitante e todo o meio envolvente”, dando-lhe a conhecer a história da vila e o espólio relativo à presença humana naquele território desde a pré-história até à actualidade. Uma das principais atracções será um holograma de um homem das cavernas, adiantou Luís Simão. Está prevista também a instalação de uma biblioteca e de um espaço para acesso à Internet, com uma área para exposições temporárias.

Além das antigas instalações da estação, o museu vai ocupar um edifício que está a ser construído de raiz num espaço contíguo. O autarca alentejano indicou à Lusa que os trabalhos já arrancaram no terreno e que estão a decorrer em "bom ritmo". A obra, no valor de 2,5 milhões de euros, é financiada a 85% por fundos comunitários, estando a comparticipação nacional a cargo da autarquia.

"Trabalhamos para criar valências que possam fazer com que as pessoas visitem o concelho de Mora e possam permanecer aqui mais tempo", disse Luís Simão, salientando que o espaço vai complementar a oferta gerada pelo Fluviário, aberto há já alguns anos na periferia da vila.

Segundo uma nota publicada na página de Internet da câmara, na antiga estação, desactivada há mais de 20 anos, vai também ficar sedeada a Estação Imagem, uma associação sem fins lucrativos que promove iniciativas na área da fotografia e do fotojornalismo.