A ModaLisboa marchou pelo Terreiro do Paço ao som da banda da GNR

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O desfile de Nuno Gama Miguel Manso

Ao longe, ouviram-se os primeiros sons de instrumentos que fizeram virar cabeças. Foi então que cerca de 150 elementos da banda da GNR, com alguns dos seus cavalos, marcharam pela passerelle improvisada que dava a volta à estátua de D. José, até pararem na posição onde tocaram temas tão populares quanto “Cheira bem, cheira a Lisboa” que serviram de banda sonora ao desfile.

Com um número recorde de 60 modelos, entre os quais Raquel Prates e muitas caras conhecidas, Nuno Gama tinha outra surpresa para o público do Terreiro do Paço. O criador que gosta de trabalhar com os símbolos nacionais, apresentou peças femininas. As propostas para mulher estiveram em minoria, mas tiveram mais destaque. Usando longos vestidos negros, as manequins de cabelos entrançados - para melhor se verem os brincos em filigrana tradicional de Viana  - , eram escoltadas por um elemento da GNR em traje de gala.    

Numa colecção que “desafia a capacidade individual de reinvenção do arquétipo da moderna vida portuguesa”, não faltaram os clássicos da alfaiataria como o fato “Príncipe de Gales” ou o “Riscas de Giz”. Mas houve espaço para visuais onde os materiais nobres, como a pele, mostraram a sua exuberância.

Uma apresentação que em tudo contrastou com a funcionalidade e o espírito “easy” das propostas dos criadores nacionais apresentadas na ModaLisboa no dia anterior. Dias depois de ter apresentado a sua colecção Outono/Inverno 2014 em Paris, Luís Buchinho trouxe em estreia para a ModaLisboa a sua linha de knitwear (malhas). Peças confortáveis, pautadas por linhas gráficas e direccionadas para a mulher moderna e o seu ocupado dia-a-dia na cidade, realizadas pelo designer que continua a ter a internacionalização da sua marca como ambição de topo.

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