Amanda Tapping, a actriz que conquista galáxias na televisão

A actriz de "Stargate SG-1" continua a gravar "Sobrenatural" e já experimentou a produção e realização. É a estrela de "Sanctuary", cuja última temporada chega ao SyFy em Novembro

“Se tivesse de escolher entre produzir, realizar ou interpretar, seria muito infeliz”, diz Tapping DR
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“Se tivesse de escolher entre produzir, realizar ou interpretar, seria muito infeliz”, diz Tapping DR
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Lendas, universos paralelos e criaturas inimagináveis. Nada disto é desconhecido para Amanda Tapping. A actriz canadiana da popular série de ficção científica "Stargate SG-1" (1997) está em gravações da série norte-americana "Sobrenatural" e afirma ter tomado novos vos com "Sanctuary".

“Ainda não vi, mas irei ver certamente” disse a actriz sobre o filme "Prometheus" de Ridley Scott. Assumidamente fã de ficção científica, Amanda Tapping falou sempre com entusiasmo sobre a última temporada da série "Sanctuary" que chega a Portugal a 8 de Novembro, pelo canal Syfy.

“Esta é sem dúvida a nossa melhor temporada”, diz ao P3 a actriz. "Sanctuary" é o nome da organização mais secreta e protegida do mundo, longe da vista do público. Lá dentro estão os Abnormals, seres que vão desde monstros a mutantes, de sereias a animais que a ciência desconhece. Amanda Tapping é Helen Magnus, uma cientista que estuda e reabilita os seres que não compreendem as suas características sobre-humanas, apesar de nem todos serem inofensivos. A humanidade não está, por isso, preparada para conhecer esta realidade. Magnus acredita que nos Abnormals residem respostas que podem mudar decurso da nossa evolução enquanto espécie.

“O último episódio, a última cena e o último 'frame' são fantásticos e muito reveladores” conta. Vista em 170 países e nomeada para um Emmy de melhores efeitos visuais, a série foi, no entanto, cancelada. Sem direito a despedida entre o elenco e equipa de filmagem, "Sanctuary" tinha apenas produção e financiamento exclusivo do Canadá, um fenómeno que considera raro nas grandes programações televisivas.



“Ninguém estava à espera, foi uma grande surpresa. Terminámos as gravações e dissemos 'see you later'! Estávamos convictos que regressaríamos para uma quinta temporada.” Ainda assim, a actriz garante que a decisão (motivada por razões económicas) não comprometeu a qualidade do encerramento da série.

Origem de "Sanctuary"

Com o fim da série "Stargate SG-1", em 2007, Damien Kindler, produtor e guionista da série extinta, criou "Sanctuary". Os fãs de ficção científica viram assim nascer, no mesmo ano, um novo projecto novamente com Amanda Tapping na linha da frente. "Sanctuary" começou por ser uma série exclusiva para a Internet. Foram produzidos apenas oito episódios que tiveram grande audiência no mundo online. Apesar do êxito, a série não progrediu no meio digital por falta de verbas.

Tapping acredita que a produção serviu de protótipo para outros programas de entretenimento. “Era um projecto de multiplataforma. Sinto mesmo que foi pioneiro. Há algo muito bom em deter esse estatuto, mas se tivesse sido criado hoje, acho que teria sido completamente diferente."

Atenta ao efeito da série, o canal Syfy adquiriu os direitos da produção. Sob o mesmo nome e com os episódios reescritos, a primeira temporada atraiu três milhões de espectadores nos Estados Unidos, a melhor estreia desde "Eureka" em 2006. Desta vez com um orçamento de 16 milhões de euros.

Sem receios de reforçar estereótipos, a actriz canadiana não perdeu muito tempo em abraçar esta nova produção. “Foi muito fácil tomar a decisão de voltar ao género. A ficção científica sempre me deu tudo”, diz ao P3. A transição do mundo cibernauta para o ecrã da televisão foi “muito natural”.

O "sci-fi"

O género que lhe deu tudo o que queria, não tem uma oferta abundante, especialmente no cinema. Por norma, a ficção científica precisa de um largo orçamento para representarem hipotéticos mundos ou histórias com acção em épocas distantes.

Amanda Tapping, sublinhou, por isso, a importância do pequeno ecrã: “ Eu acho que a televisão pode colmatar essa falha sobretudo porque já não há o público cliché do 'sci-fi'. A concepção do jovem 'geek', é falsa”, explica, lembrando o caso de uma fã de 78 anos que conheceu durante a promoção da série.

Sobre as mudanças tecnológicas que aconteceram na indústria televisiva ou cinematográfica, a actriz não vê alterações na abordagem à representação. ”No final acaba sempre por ser uma personagem que merece ser sempre retratada com emoção e naturalidade, esteja numa gruta ou à frente de um ecrã verde.”

Novos desafios

“A minha saída de 'Stargate' teve sobretudo a ver com a vontade de explorar novos caminhos, como a produção e a realização.” Com "Sanctuary", a actriz assumiu funções enquanto produtora executiva e realizadora de três episódios da série.

Para além da rodagem da comédia "Random Acts of Romance", a ser apresentada no Festival Internacional de Vancouver, Amanda Tapping terminou recentemente as filmagens de "Kid Cannabis" de John Stockwell. O filme conta a história de um adolescente e de um homem de 27 anos que começam a traficar marijuana na fronteira do Canadá. Tapping continua a gravar episódios da oitava temporada da famosa série norte-americana "Sobrenatural" e é a realizadora de "Primeval: New World", um "spin-off" da série britânica com estreia marcada para o Canadá a 29 de Outubro.

“Se tivesse de escolher entre produzir, realizar ou interpretar, seria muito infeliz”, disse a actriz que expressa o desejo de dominar as três galáxias.

A quarta e derradeira temporada de "Sanctuary" foca a viagem de Helen Magnus até Londres em 1898. Adam Worth dobrou o tempo e o espaço e viajou ao século XIX para salvar a vida da sua filha, Imogen. A missão da investigadora é impedir Worth de alterar o decurso da História, enquanto a sua equipa tenta prevenir uma guerra massiva entre humanos e Abnormals. Chega a Portugal a 8 de Novembro, às 22h15 no canal de cabo, Syfy

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