A noite à procura de uma entrada de emergência

Ainda antes de declarado o estado de emergência, o sector da noite e da madrugada encerrou portas de maneira a prevenir o contágio de covid-19. Sete meses depois, apesar de alguma folga, a noite continua a fazer-se com limitações. Além das consequências económicas, esta paragem já causou danos ao nível social, da saúde mental e na dinâmica das cidades. Que impacto terá esta interdição a longo prazo? Sociólogos, filósofos e noctívagos ensaiam respostas.

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Luísa Ferreira/Cortesia Lux

“Os retratos que existem de Sócrates em que aparece no interior de uma casa ou num jardim são sempre imagens do filósofo a conversar com pessoas.” Quem chama à atenção para este facto é António de Castro Caeiro, investigador nas áreas de Filosofia Antiga, Contemporânea, Fenomenologia e Filologia Clássica na Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH). Ainda remetendo para a Grécia Antiga, relembra também uma frase de Aristóteles: “O homem é um animal racional.” O professor de Filosofia Antiga explica que esta tradução do original, trocado por miúdos, quer dizer na realidade que o ser humano “gosta de conversar e de usar a palavra”.

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