China detecta casos de covid-19 na fronteira com Coreia do Norte e Rússia

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Em Shulan, os espaços públicos voltaram a encerrar, e as aulas são de novo dadas pela Internet Reuters/ALY SONG

A China detectou 17 novos casos de covid-19, entre os quais cinco em Wuhan, a cidade onde o novo coronavírus foi inicialmente detectado, mas todos no mesmo complexo residencial. O caso mais preocupante, no entanto, é província de Jilin, junto à fronteira com a Coreia do Norte e o extremo oriente da Rússia.

Outros cinco casos de transmissão local foram detectados nas províncias de Liaoning e Heilongjiang, no Nordeste da China, que fazem fronteira com a Rússia e Coreia do Norte. Na Rússia, a pandemia está a crescer ao ritmo de 10 mil novos casos por dia, em média, e a Coreia do Norte não comunica nenhum caso – oficialmente, a doença não existe no país de Kim Jong-un, mas é difícil de acreditar que assim seja.

O local com o surto maior é a cidade de Shulan, na província de Jilin, onde há 12 casos, relata a Reuters. A televisão estatal CGTN disse que foi dada ordem de encerramento de todos os espaços públicos na cidade, e todos os habitantes têm de ficar em casa, a não ser por “circunstâncias extraordinárias”. Não podem sair da cidade táxis, e todos os transportes foram suspensos. A escola voltou ao sistema de aulas online.

Por ora, não é conhecida a cadeia de transmissão das infecções em Shulan. O primeiro caso conhecido é o de uma mulher de 45 anos, que não tem historial de residência ou viagens para fora da província de Jilin, nem contactos com pessoas de fora, relata o Guardian.

Os restantes sete casos são oriundos do exterior e foram todos diagnosticados na região autónoma da Mongólia Interior, no Noroeste do país, e são classificados como casos de infecção importados, pois envolvem viajantes que vieram do estrangeiro.

Desde o início da epidemia, a China registou 82.918 infectados e 4633 mortos devido à covid-19. Até ao momento, 78.144 pessoas tiveram alta. Apesar de ter entrado no período de desconfinamento, o país mantém-se alerta, sempre o receio de uma nova vaga de infecções.

As autoridades chinesas referiram que 737.127 pessoas que tiveram contacto próximo com infectados estiveram sob vigilância médica na China. Permanecem sob observação 5501 pessoas.

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