Nove das 20 novas ambulâncias do INEM estão paradas

Cinco dos nove veículos inoperacionais estão com problemas eléctricos. INEM afirma que problemas deverão estar solucionados até ao final do mês e que todos os veículos a operar são seguros.

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INEM precisa de renovar a frota, mas os novos veículos também estão a dar problemas Paulo Pimenta

Das 20 novas ambulâncias que chegaram ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) em Abril, nove estavam inoperacionais esta segunda-feira. E destas, cinco aguardavam solução para um problema eléctrico que trava o funcionamento das sirenes e luzes de emergência, e estará também a afectar a célula sanitária dos veículos. Os problemas eléctricos estarão resolvidos até ao final do mês, garante o INEM.

A notícia faz a manchete do Jornal de Notícias desta terça-feira e os problemas com os novos veículos de emergência foram confirmados por fonte do INEM, que adiantou ao diário portuense que “as cinco ambulâncias [com avaria eléctrica] estão a ser alvo de uma intervenção por parte da marca Iveco, revendo o sistema de sinalização de emergência que tem apresentado algumas anomalias”. O INEM explica ainda que dos nove veículos inoperacionais por diferentes razões, sete estão afectos à região Norte, um à zona de Lisboa e o outro ao Algarve.

O problema eléctrico, contudo, não estará circunscrito às questões de sinalização de emergência, provocando também o corte de energia na célula sanitária das ambulâncias, nomeadamente, nos frigoríficos em que são guardados os medicamentos e em alguns dispositivos médicos, como o aspirador usado para desobstruir as vias aéreas. A garantia foi dada ao JN pelo vice-presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, Rui Lázaro, que adiantou ainda que os veículos inoperacionais estão a ser substituídos por outros “muito desgastados”.

Apesar destes substitutos incluírem, de acordo com a mesma fonte, pelo menos uma viatura com mais de 600 mil quilómetros, o INEM assegura que estas ambulâncias “são alvo de reparações e manutenções rigorosas, periódicas e sempre que necessário, por forma a garantir a segurança dos tripulantes e dos respectivos utentes”.

À Lusa, Pedro Lavinha, vogal do INEM, garante: “Os meios que estamos a operar garantem todos os requisitos de segurança necessários para que o cidadão que é transportado seja tratado em segurança e com a qualidade necessária”.

A mesma fonte explica que as cinco ambulâncias com problemas eléctricos não apresentavam qualquer problema no momento em que foram entregues ao INEM, tendo os problemas surgido com o uso intensivo dos veículos. “Neste momento, o INEM está em todas as outras ambulâncias que tem da Iveco a proceder a essa avaliação e correcção, explicou o responsável do INEM, sublinhando que a perspectiva da empresa é que o problema esteja completamente solucionado até final do mês.

O INEM tem um plano de renovação da sua frota de ambulâncias até 2021. No ano passado foram adquiridos 75 novos veículos e para este ano a intenção do instituto é de avançar com a aquisição do mesmo número de ambulâncias. Contudo, o processo encravou depois de o Ministério das Finanças não ter, numa primeira fase, autorizado o INEM a utilizar as verbas que possuía para aquele fim. O INEM queria investir cinco milhões de euros e o ministério liderado por Mário Centeno só autorizava a utilização de um milhão. Depois de o caso ter vindo a público, o processo seria desbloqueado e a 29 de Agosto o INEM anunciava, em comunicado, que o Governo concluíra o processo de análise, “estando assegurados os montantes necessários à renovação de 75 ambulâncias afectas aos Postos de Emergência Médica”.

Notícia actualizada com informações do INEM à Lusa

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