Qatar conquista Taça Asiática

Vitória inédita da selecção que acolherá o Mundial de 2022... que o campeão do mundo de 2010, Xavi Harnández, previra em Dezembro de 2018.

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Reuters/THAIER AL-SUDANI
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O Qatar, com o contributo do português Pedro Correia, conquistou esta sexta-feira a Taça Asiática, feito inédito na história da selecção qatari, que venceu a congénere do Japão, recordista com quatro vitórias e grande favorita, por 3-1, numa manifestação de força e talento para o Mundial de 2022, torneio que irá acolher.

Na final disputada no estádio Sheikh Zayed City Sports, nos Emirados Árabes Unidos, um pontapé-de-bicicleta de ​Almoez Ali (12’), um remate fulminante de Abdulaziz Hatem (27’) e um penálti descortinado pelo VAR e convertido por Akram Afif (83’) aniquilaram o sonho do penta dos japoneses, que tiveram em Takumi Minamino (69’) o autor do golo de honra dos nipónicos e único concedido pelos novos campeões em todo o torneio.

Curiosamente, em Dezembro de 2018, o espanhol Xavi Hernández, de 39 anos, campeão mundial em 2010, previu o desfecho da Taça Asiática, facto a que não terá sido alheia a ligação ao Al Sadd, onde chegou em 2014 e venceu uma supertaça do Qatar, depois de uma vida inteira dedicada ao Barcelona. 

A caminhada do Qatar, que para suceder à Austrália dominou o Grupo E (Arábia Saudita, Líbano e Coreia do Norte) com três vitórias em três jogos e marcou dez golos, mantendo a baliza inviolável, prosseguiu imaculada nos oitavos-de-final, superando sucessivamente o Iraque, antes de eliminar a Coreia do Sul, do seleccionador luso Paulo Bento, e golear os anfitriões Emirados Árabes Unidos, encerrando o campeonato com 19 golos marcados e apenas um sofrido, precisamente o da final.

Almoez Ali, de 22 anos, sagrou-se máximo goleador da competição, com nove golos, novo recorde que supera a marca do iraniano Ali Daei, autor de oito golos na edição de 1996, ganha nos penáltis pela Arábia Saudita frente aos Emirados Árabes Unidos​.

O seleccionador do Qatar, o catalão Félix Sánchez – que há cinco anos assumiu os sub-20, tendo passado pelo comando dos sub-23 antes de, em 2018, passar a liderar o desafio de construir uma selecção para 2022 – declarou que a vitória histórica foi “justa e merecida”.

“Jogámos muito bem, mas tivemos que sofrer e defender porque o adversário também queria conquistar o troféu. Mas soubemos sofrer e estou muito feliz pelos jogadores e pelo povo do Qatar, que nos apoiou desde o início".

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