Parlamento unânime por vítimas de incêndio de Tondela e Madalena Iglésias
Votos de pesar: deputados realçam a “prontidão” do socorro em Tondela e consideram Madalena Iglésias “um símbolo da cultura popular”.
A Assembleia da República aprovou por unanimidade um voto de pesar pelas vítimas do incêndio na Associação Cultural, Recreativa e Humanitária de Vila Nova da Rainha, no concelho de Tondela, que fez nove mortos e quase quatro dezenas de feridos, no passado sábado. As chamas deflagraram e fizeram ruir o tecto de uma sala do primeiro andar do edifício onde se realizava um torneio de sueca que juntava mais de 60 pessoas.
Com o pânico gerado no momento e face à impossibilidade de abrir a porta da rua devido à acumulação de pessoas nas escadas, na sua maioria de idade avançada, muitas caíram e ficaram feridas, outras acabaram por morrer devido à inalação de fumo. Boa parte dos feridos continua internada em diversos hospitais do país, alguns deles ainda em perigo de vida.
“Num momento em que ainda se apuram as causas da tragédia e as condições de segurança do edifício, é de relevar a prontidão dos serviços de emergência e a solidariedade manifestada por diversas entidades locais e nacionais”, lê-se no texto e que os deputados afirmam a sua “profunda consternação” com o sucedido.
Os deputados subscreveram também por unanimidade um voto de pesar pela morte da cantora Madalena Iglésias, que classificam como “um dos grandes nomes da canção portuguesa dos anos 60 e um símbolo da cultura popular”. Ainda antes dos 20 anos já actuava na RTP e na Emissora Nacional e representou Portugal em vários festivais, sendo a sua actuação mais marcante a vitória no Festival RTP da Canção em 1966 com a canção Ele e Ela.
Apesar do sucesso então alcançado, Madalena Iglésias abandonou cedo a carreira musical a tempo inteiro, foi viver para a Venezuela e actualmente residia em Barcelona.