China Three Gorges propõe Mexia para CEO e Amado para presidente da EDP

Nas propostas à assembleia geral de accionistas, a realizar no próximo dia 5 de Abril, António Mexia lidera a lista de nove membros ao conselho de administração. Luís Amado substitui Eduardo Catroga.

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António Mexia vai continuar à frente dos destinos da EDP Nuno Ferreira Santos

Na próxima assembleia-geral da EDP, que foi esta segunda-feira, 8 de Janeiro, marcada em comunicado ao mercado, os accionistas irão decidir se António Mexia sucede a… António Mexia.

A AG de accionistas foi marcada para o próximo dia 5 de Abril, às 15h. E, no ponto nove da agenda de trabalhos está a eleição dos órgãos sociais do grupo de energia, para o triénio de 2018 a 2020.

Em comunicado distinto, igualmente divulgado ao final do dia de hoje, no site da CMVM, é justificado que, tendo terminado o mandato actual (2015-2017), a 31 de Dezembro passado, há que nomear um novo conselho de administração executivo da EDP, e o seu presidente.

Para o próximo triénio, os accionistas China Three Gorges (dona de 21,35% do capital da eléctrica), a Oppidum Capital (com 7,19%), Senfora BV (da Mubadala, controlada pelo governo de Abu Dhabi, com 4,06%), o Fundo de Pensões do Millennium BCP (com 2,44%) e a Sonatrach (do governo argelino, com 2,38%) propõem nove nomes.

A lista é encabeçada por António Mexia – o que desde já resolve a questão da sua sucessão – seguido de Manso Neto (CEO da EDP Renováveis). Os restantes são: António Fernando Melo Martins da Costa, João Manuel Marques da Cruz, Miguel Stilwell de Andrade, Miguel Nuno Ferreira Setas, Rui Lopes Teixeira, Maria Teresa Isabel Pereira e Vera Pinto Pereira.

E, destes, apenas os das duas gestoras não são repetidos do anterior triénio, terminado no final de 2017. Há contudo uma saída: Nuno Maria Pestana de Almeida Alves.

O até agora administrador financeiro da empresa sai ao fim de 12 anos, enaltecendo o “enorme profissionalismo e dedicação” da equipa liderada por António Mexia. Numa declaração enviada por email às redacções, Nuno Alves explica que “chegou o momento certo” para se “dedicar a projectos pessoais”, acrescentando que se trata de “uma decisão bem ponderada e há muito equacionada”.

São nove os nomes propostos, porque, é dito na comunicação ao mercado que propõe a alteração dos estatutos da sociedade, para adequar o conselho de administração executivo à lei da paridade de género (quota de 20% no caso das empresas cotadas em bolsa desde 1 de Janeiro de 2018), é proposto que este órgão seja aumentado dos actuais oito para os futuros nove elementos. 

Amado substitui Catroga

O antigo ministro Luís Amado é a proposta para as funções presentemente exercidas pelo, igualmente antigo ministro, Eduardo Catroga, de presidente do conselho geral e de supervisão da EDP.

É acompanhado por Celeste Cardona, Ilídio Pinto, Jorge Braga de Macedo, Vasco Joaquim Rocha Vieira, Augusto Mateus, João Carvalho das Neves, e António Vitorino (que se mantém presidente da mesa da assembleia geral, onde é acompanhado pelo vice-presidente Rui Medeiros).

Para o conselho de ambiente e sustentabilidade da EDP, as propostas dos accionistas liderados pela China Three Gorges (CTG) vão para o especialista em transportes José Manuel Viegas (presidente) e António José Gomes de Pinho, Joana Pinto Balsemão, Joaquim Poças Martins e Pedro Oliveira como vogais.

Para a comissão de vencimentos, a escolha dos accionistas maioritários é Luis Cortes Martins (advogado) para presidente, e José Gonçalo Maury e Jaime Amaral Anahory como vogais. É adiantada igualmente a remuneração proposta para os três: 15 mil euros por ano para Cortes Martins, 10 mil euros por ano para cada um dos vogais.

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