Stephen Paddock: o atirador "reservado" que passava o dia a jogar póquer

O contabilista norte-americano de 64 anos disparou mortalmente sobre uma multidão durante um festival antes de se suicidar.

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O atirador morava em Mesquite (na foto) Reuters/STEVE MARCUS

Stephen Paddock, o norte-americano que este domingo disparou sobre uma multidão que assistia a um festival de música country em Las Vegas, tinha 64 anos e era reformado. O atirador vivia desde Junho de 2016 com a namorada, Marilou Danley,  de 62 anos, numa comunidade em Reno, a cerca de 100 quilómetros a nordeste de Las Vegas. Era, de acordo com o irmão, contabilista e tinha bastante dinheiro, escreve a CNN.

Marilou Danley is being sought for questioning re the investigation into the active shooter incident. If seen please call 9-1-1! pic.twitter.com/Z83XvcHejH

— LVMPD (@LVMPD) October 2, 2017 ">

Em entrevista à BBC, visivelmente incomodado, Eric Paddock, irmão do atirador, diz que a notícia do ataque do irmão o surpreendeu tanto como se tivesse morto um dos seus sobrinhos. “Ele é apenas um tipo que jogava póquer e fazia cruzeiros e comia burritos no Taco Bell. Não existia afiliação política que saibamos. Não existia afiliação religiosa”, afirma. 

“Não era um homem de armas. O facto de ele ter este tipo armas faz-me perguntar onde raio ele as arranjou. Ele não foi militar nem nada que se parecesse. Era apenas um homem que vivia numa casa em Mesquite e ia até Las Vegas jogar”, acrescenta o irmão ao atirador.

No quarto de hotel onde executou o ataque foram encontradas dez espingardas automáticas para além da que foi utilizada, informaram as autoridades norte-americanas. Apesar de o seu irmão desconhecer a posse de armas, a polícia dos EUA afirmou que o atacante tinha adquirido as armas de forma legal. Mas de acordo com um agente citado pela CNN, nenhuma dessas armas parece fazer parte do material encontrado no quarto do hotel Mandalay Bay.

Stephen Paddock já tinha sido casado e não lhe eram conhecidos filhos. O irmão garante que não tinha qualquer registo criminal. De acordo com os vizinhos ouvidos pela imprensa norte-americana, o atirador era “extremamente reservado”, ausência que Eric Paddock justificou com o tempo dedicado ao póquer. 

O ataque foi reivindicado pelo Daesh que afirma que o atirador se converteu ao Islão há alguns meses, mas o FBI descarta essa hipótese e diz não terem sido encontradas ligações ao grupo terrorista. Fontes do Governo norte-americano afirmaram à Reuters que o nome de Paddock não constava em nenhuma lista de suspeitos de terrorismo.

De acordo com a imprensa norte-americana, Stephen Paddock já era conhecido pelas autoridades locais, mas as razões não foram especificadas.

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