Mais do que acreditar, o Sp. Braga soube jogar até ao fim

Minhotos venceram o Basaksehir por 2-1, a um minuto dos 90, e lideram o Grupo C na Liga Europa.

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Não se pode pedir mais a esta versão europeia do Sp. Braga. Primeiro foi o Hoffenheim a ser surpreendido em casa pelos minhotos, agora o Istambul Basaksehir. Com um golo obtido a um minuto do final do tempo regulamentar, a equipa treinada por Abel Ferreira venceu nesta quinta-feira os turcos por 2-1 e consolidou a liderança do Grupo C da Liga Europa.

Foi um Sp. Braga audaz o que se viu na 2.ª jornada da prova. Pela frente, tinha um adversário que compensa com investimento a falta de tradição no futebol turco e que tem qualidade para dar e vender no plantel. Um Basaksehir que, sem acelerar muito, procurou desarticular a organização defensiva dos minhotos através de uma circulação paciente e criteriosa. Mas os anfitriões estiveram à altura do desafio.

Num 4x4x2 que teve como novidade a inclusão de dois laterais direitos no “onze” (ainda que Esgaio tenha feito parte da carreira como extremo), os bracarenses confiaram os equilíbrios defensivos a Danilo e Vukcevic e entregaram a criação a João Carlos Teixeira, um médio capaz de transformar os lances difíceis em equações de fácil resolução. Foi ele, de resto, que esteve na origem do 1-0, com um grande pormenor individual e um passe vertical para a finalização de Hassan (26’).

Por essa altura, os minhotos já tinham sofrido uma contrariedade, com a lesão do lateral esquerdo Sequeira (substituído por Bruno Xadas, com Goiano a trocar de corredor), e sofreriam a segundo dois minutos depois. Livre directo a favor do Basaksehir e execução perfeita de Emre Belozoglu, um médio de vastos recursos que deu equilíbrio ao marcador.

O equilíbrio, na verdade, foi praticamente uma constante no jogo, tornando-se mais notório no segundo tempo. Os turcos, aparentemente satisfeitos com o empate, espreitaram uma ou duas vezes a profundidade, esperando que o Sp. Braga cometesse um erro. O anfitrião, cauteloso, manteve uma organização  ofensiva rigorosa e tentava sair em transições rápidas, faceta do jogo à medida de Ricardo Horta, a última substituição operada por Abel Ferreira.

Seria a opção anterior do Sp. Braga, porém, a resolver o encontro. Aos 71’, Danilo deu lugar a Fransérgio, um médio com mais capacidade de chegada à área adversária. E era precisamente lá que estava o brasileiro ex-Marítimo aos 89’, quando o compatriota Raul Silva arrancou um cruzamento desviado com simplicidade para o poste mais próximo.

Sem arriscar muito, o Sp. Braga saiu premiado, especialmente porque soube acelerar nos minutos finais e, sem se expor, recorrendo sobretudo a cruzamentos longos, encostar o Basaksehir atrás. Ao ponto de os turcos terminarem a partida a defender perigosamente em cima da baliza, confirmando o bom momento dos minhotos, a equipa portuguesa com melhor prestação na fase de grupos das provas da UEFA.

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