Açores e Cruz Vermelha assinam protocolo para teleassistência no arquipélago

Equipamento deverá beneficiar 300 idosos.

Foto
Serviço deverá estar a funcionar até ao final do ano JOAO HENRIQUES

O Governo dos Açores e a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) assinaram nesta sexta-feira um protocolo de cooperação para disponibilizar teleassistência, fixa e móvel, nas nove ilhas do arquipélago, serviço que deverá beneficiar 300 idosos até ao final do ano.

As candidaturas podem ser feitas a partir de Junho, sendo que a instalação do primeiro equipamento está prevista para o mês seguinte.

Com o acordo estabelecido nesta sexta-feira é assegurado o acesso gratuito ou a custos reduzidos ao serviço de teleassistência prestado pela CVP, concebido para dar resposta personalizada e imediata em situações de insegurança ou emergência.

O serviço permite ainda dar apoio na solidão e a "todos os que se encontrem em situação de vulnerabilidade ou dependência, seja por idade, doença, incapacidade ou isolamento, ou a pessoas autónomas que desejem sentir-se mais seguras".

Na assinatura do acordo, nos Mosteiros, freguesia rural do concelho de Ponta Delgada, perante cerca de uma centena de idosos, o presidente da CVP, Luís Barbosa, considerou que a teleassistência tem uma "enorme utilidade para quem pode precisar, de um momento para o outro, de uma ajuda".

"Há um outro ponto em que estamos a fazer imensos esforços para progredir, o de também ter socorristas voluntários que possam ajudar em qualquer momento alguém que necessite", explicou.

Segundo Luís Barbosa, estes socorristas podem "ser de uma extrema utilidade", pois às vezes "os tempos para agir são curtos e é preciso que a proximidade exista para que ela possa ser utilizada com muita utilidade".

Já o presidente do executivo regional, Vasco Cordeiro, assinalou que, com este protocolo, se cumpre uma proposta do programa do Governo, considerando que esta medida visa "proporcionar um maior nível de conforto, de segurança, de tranquilidade a cada um daqueles que utilize o serviço de teleassistência".

Um estudo, realizado em 2015 pela Direção Regional da Solidariedade Social, sobre   utentes de apoio domiciliário, indica que "36% dos inquiridos viviam sozinhos, sendo que cerca de 20% necessitavam de apoio na higiene pessoal, tarefas de vida quotidiana e na mobilidade, e 24% encontravam-se totalmente dependentes para a satisfação de necessidades básicas".

 

 

 

Sugerir correcção
Comentar