Pedro Sanchéz pede "unidade" no partido para construir "novo PSOE"
Depois da sua demissão em Outubro, voltou a ser eleito secretário-geral com mais de 50% de votos nas primárias.
O reeleito secretário-geral dos socialistas espanhóis, Pedro Sánchez, apelou este domingo à "unidade" de todos os militantes para "construir o novo PSOE", com um "projecto novo" que lute pelo poder em Espanha. "A partir de amanhã [segunda-feira] vamos ter um PSOE novo e rumo à Moncloa [sede do Governo]", disse Pedro Sánchez depois de ganhar as eleições "primárias" dos socialistas espanhóis.
Sanchéz pediu, por várias vezes, a "unidade" de todos os socialistas, que saem do processo das primárias processo muito divididos.
"Hoje tudo começa, não acaba nada", sublinhou o líder. Dentro de quatro semanas, o congresso do PSOE vai confirmar o seu nome como secretário-geral.
Com 99,23 % dos votos contados, Sánchez tinha a preferência de 50,21% dos eleitores; Susana Díaz 39,94% e Patxi López 9,85%.
Antes do novo líder ter falado, num encontro com a imprensa sem direito a perguntas, Susana Díaz prometeu "ajudar" e pôs-se à disposição do PSOE "em tudo aquilo que o partido precisar", sem nunca ter nomeado o nome de Pedro Sánchez.
Também numa declaração, Patxi López desejou boa sorte ao secretário-geral eleito e sublinhou que, a partir desta segunda-feira, os socialistas têm de trabalhar "todos juntos" com Pedro Sánchez "à cabeça para recuperar o PSOE".
Sánchez demitiu-se do cargo de secretário-geral do PSOE a 1 de Outubro de 2016, depois de uma maioria de dirigentes nacionais do partido terem chumbado a sua estratégia para recusar um Governo do PP (Partido Popular, de direita). Os socialistas acabaram por viabilizar, através da sua abstenção na votação no Parlamento, o governo minoritário do PP, liderado por Mariano Rajoy.
Uma comissão de gestão organizou as primárias e o congresso do partido e dirigiu o PSOE desde a demissão de Pedro Sánchez.