Aeronave despenha-se em zona habitacional em Tires, cinco mortos confirmados

Dos quatro ocupantes, três eram franceses e um era suíço. Marcelo Rebelo de Sousa esteve no local.

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Rui Gaudêncio
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Uma aeronave despenhou-se esta segunda-feira, pelas 12h05, numa zona habitacional em Tires, no município de Cascais, confirmou ao PÚBLICO fonte dos Bombeiros de Carcavelos. A aeronave caiu perto do supermercado Lidl.

Fonte da Protecção Civil informou que a aeronave ligeira transportava quatro pessoas, um piloto e três passageiros. O acidente provocou a morte de todos os ocupantes e uma quinta vítima mortal, o motorista do veículo pesado de mercadorias, atingido pela queda da aeronave.

“A aeronave embateu numa galera [atrelado do camião], provocando um incêndio que chegou a uma residência”, detalhou o Comandante da Protecção Civil do Comando Distrital das Operações de Lisboa, André Fernandes.

Dos quatro ocupantes, três eram eram de nacionalidade francesa e um dos mortos era de nacionalidade suíça, explica a mesma fonte. Fonte do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) adiantou ao PÚBLICO que a aeronave tinha matrícula suíça. O voo tinha destino a Marselha, informou o Aeródromo Municipal de Cascais. "O voo de um operador privado Symbios Orthopedic, envolvendo uma aeronave PA-31 com destino a Marselha sofreu um acidente fora do espaço aeroportuário", lê-se no comunicado.

Às vítimas mortais somam-se três feridos ligeiros, acrescenta o Comandante da Protecção Civil do Comando Distrital das Operações de Lisboa. Os feridos ligeiros estão a receber cuidados médicos apenas "por precaução".

O incêndio provocado pela queda da aeronave está dominado, garante a mesma fonte. O aeródromo municipal encontra-se fechado ao tráfego aéreo.

Almerinda Ferreira, 67 anos, estava dentro do supermercado quando se deu o acidente. “Ouvi um grande estrondo. As pessoas tiveram muito medo e começaram todas a fugir. As que tinham um carro pegaram no carro, as outras largaram as compras e correram”, conta. “Os funcionários diziam tenham calma, mas ninguém tinha”, continua Almerinda que saiu pela porta principal do supermercado. “Foi um pandemónio”, resume. 

Luís Ramos que tem a sua casa na Avenida Amália Rodrigues, a menos de 100 metros do local onde caiu a avioneta diz que estava a fechar o portão quando viu a avioneta voar sem rumo e "cair a pique". Depois viu o fumo a sair.

No local estiveram equipas dos bombeiros e INEM, num total de 86 operacionais apoiados por 31 viaturas, detalhou a Protecção Civil. Pelas 14h30 chegaram ao local elementos da Polícia Judiciária para procederem à investigação do acidente. Um procedimento regular neste tipo de acidentes, no que habitualmente se chama de investigação cautelar, em que a PJ investiga a existência de eventuais indícios de crime.

A coloborar com os trabalhos estão também dois investigadores da unidade de aviação civil do GPIAAF, que se deslocaram imediatamente para o local após o acidente. De acordo com o GPIAAF, às 17h30, a equipa de investigação estava ainda no local a recolher evidências em articulação com as autoridades de protecção civil. A mesma entidade publicará, no espaço de 30 dias, um relatório preliminar com os factos que entretanto sejam determinados.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deslocou-se ao local do acidente, para se inteirar da situação, mas não prestou declarações.

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