Idade de dispensa de trabalho dos médicos nas urgências pode crescer 10 meses

Actualmente, os médicos podem optar por não trabalhar à noite nos SU a partir dos 50 anos, e, depois dos 55, podem pedir dispensa total do trabalho nas urgências.

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LUSA/MIGUEL A. LOPES

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, está a estudar a hipótese de aumentar em 10 meses a idade de dispensa de trabalho dos médicos nos serviços de urgência (SU) públicos.<_o3a_p>

Na Comissão Parlamentar de Saúde, onde esteve nesta sexta-feira a ser ouvido a pedido do PSD, para esclarecer os detalhes de um projecto-piloto anunciado para descongestionar os serviços de urgência, o governante admitiu que está a ser ponderada a hipótese de acrescentar 10 meses à idade de dispensa de trabalho dos médicos nos SU do Serviço Nacional de Saúde, tendo em conta o aumento da esperança de vida em Portugal.<_o3a_p>

Actualmente, os médicos podem optar por não trabalhar à noite nos SU a partir dos 50 anos, e, depois dos 55, podem pedir dispensa total do trabalho nas urgências. Estas regras estão instituídas desde 1979, mas, se os médicos assim o entenderem, podem continuar a trabalhar nos SU após os 55 anos.<_o3a_p>

A hipótese de acrescentar 10 meses aos actuais limites etários para o trabalho nas urgências terá mesmo sido debatida com o anterior bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, adiantou o ministro.   

<_o3a_p>O problema de falta de médicos para assegurar as escalas dos vários serviços de urgência do país é antigo e tem-se agravado com a saída de muitos profissionais para o sector privado, para a emigração ou por reforma antecipada.

<_o3a_p>O recurso às empresas que fornecem "tarefeiros" tem, aliás, vindo a aumentar. De Janeiro a Novembro de 2016, representou um gasto superior a 95 milhões de euros, o valor mais elevado dos últimos quatro anos.

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