Instituto de Medicina Tropical alerta viajantes para riscos da malária

Em Portugal registaram-se 1172 internamentos por malária entre 2010 e 2014.

Foto
O IHMT recorda que o mosquito que transmite a malária por picada é considerado pela Organização Mundial de Saúde “o animal mais mortífero do planeta" Dulce Fernandes

O Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) lembra que a malária, para um viajante não imune, “é sempre uma emergência médica”, e que a responsabilidade pelo diagnóstico e tratamento precoce é partilhada entre médico e viajante. O alerta, segundo o comunicado do intituto emitido nesta quinta-feira, surge na sequência de “dois casos mediáticos”, entre os quais a morte de um comissário de bordo da TAP no final do mês passado.

O IHMT recorda que o mosquito que transmite a malária por picada é considerado pela Organização Mundial de Saúde “o animal mais mortífero do planeta, responsável por 725 mil mortes por ano”. E que “em Portugal, registaram-se 1172 internamentos por malária entre 2010 e 2014”.

A consulta do viajante, lembra, “existe com o objectivo de ajudar a prevenir as doenças tropicais nos viajantes, com especial preocupação pela malária e tem eficácia comprovada, estando associada a uma menor taxa de morbilidade, bem como a formas menos graves da doença”, lê-se no comunicado.

O instituto da Universidade Nova de Lisboa lembra que “a responsabilidade pela suspeita clínica, diagnóstico e tratamento precoce da malária é partilhada pelo médico e pelo viajante”.

“Ao viajante compete a responsabilidade de, antes de viajar para zonas endémicas, obter informação sobre os riscos e formas de os prevenir, designadamente comparecendo a uma consulta do viajante. Ao médico, compete informar e sensibilizar sobre o risco, gravidade da doença e estratégias profilácticas. Isto inclui a sensibilização para sintomas que possam ocorrer durante e mesmo após a viagem e respectivas estratégias de actuação”, declara.

Citado no comunicado do instituto, o director clínico da consulta do viajante relembra que qualquer doença febril que surja durante a viagem ou nos meses após o regresso pode ser uma manifestação de malária, e que deve ser motivo de observação médica urgente, sobretudo em pessoas não-imunes, ou seja, todas aquelas que não vivem em zonas endémicas da doença.

O instituto recorda que dispõe de “consulta pré-viagem e pós-viagem (Medicina Tropical), providenciando ainda um acompanhamento ao viajante durante a viagem”, e salienta que todos os viajantes para zonas tropicais devem ir a uma consulta do viajante, ser vacinados se isso for prescrito pelo médico e cumprir a medicação profiláctica receitada.

Sugerir correcção
Comentar