Sons em ruínas e visões cósmicas: Andy Stott, Jebanasam & Barri no Semibreve

A seis meses de distância, começa já a perceber-se a que soará a sexta edição do festival Semibreve, referência no calendário nacional e internacional da música electrónica experimental.

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Originário de Manchester, Andy Stott vem sendo celebrado desde 2011 como uma das figuras primordiais da cena electrónica mundial

A seis meses de distância, começa já a perceber-se a que soará a sexta edição do festival Semibreve, referência no calendário nacional e internacional da música electrónica experimental. A decorrer entre 28 e 30 de Outubro, com actuações repartidas entre o Theatro Circo, o GNRation e a Casa Rolão, em Braga, o Semibreve contará, entre muitos outros nomes a anunciar, com as presenças de Andy Stott, Paul Jebanasam & Tarik Barri e Ron Morelli.

Originário de Manchester, Andy Stott vem sendo celebrado desde 2011 – ano do lançamento do EP Passed Me By e do álbum We Stand Together – como uma das figuras primordiais da cena electrónica mundial, trabalhando a partir de uma matriz sonora que foi classificada como uma exploração textural de um techno feito em fanicos. Sobretudo com a edição de Luxury Problems (2012) e Faith in Strangers (2014), feitos de um som sombrio e dissonante, cada disco que lhe sai das mãos passou a ser recebido com a pompa de acontecimento e a sua aura passou a ser equiparada à de Burial. Stott aterrará no Semibreve com o material de Too Many Voices, registo deste ano com o selo da Modern Love, que terá sido inspirado pela música de Yellow Magic Orchestra, This Mortal Coil, Dead Can Dance em particular, e pelo grime em geral.

A dupla Paul Jebanasam & Tarik Barri – o primeiro, nascido no Sri Lanka mas com carreira firmada em Inglaterra sob o nome de guerra musical Moving Ninja; o segundo, artista visual holandês – levará até Braga o espectáculo baseado no álbum Continuum, com composições criadas por Jebanasam a partir da sua gravitação natural na direcção da música sacra, embora revista por uma lente cósmica e particularmente abstracta, funciona em palco como permanente diálogo entre – como se antecipa sem dificuldade – os sons astrais disparados pelo músico e as respostas visuais ripostadas por Barri. Ron Morelli, homem por detrás da editora L.I.E.S., será chamado a participar em dose dupla, primeiro em concerto de auditório com o material do disco A Gathering Together, depois na pele de DJ.

Apostando na divulgação da música exploratória electrónica de artistas das primeiras linhas mundial e nacional, o Semibreve investe também na divulgação científica e na apresentação de instalações tecnológicas. Os passes gerais para o festival estão à venda até final de Junho, contra o pagamento de 25 euros.

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