Parlamento da Madeira deixa de comemorar 25 Novembro e concentra-se no 25 Abril
Segundo os sociais-democratas da Madeira, "não existe razão para que se continue a celebrar duas datas distintas que resultam do mesmo processo".
A Assembleia Legislativa da Madeira não vai comemorar este ano o 25 de Novembro, ao contrário do que fez nas últimas décadas, tendo rejeitado nesta quarta-feira uma resolução do CDS/PP que pedia a realização de uma sessão solene.
Esta decisão, que ainda vai a debate em plenário do parlamento, marca uma nova orientação da actual direcção do PSD, já que durante anos em que Alberto João Jardim foi presidente do Governo Regional, sempre comemorou o 25 de Novembro.
O requerimento entregue pelo CDS/PP - que solicitava o cumprimento da resolução que mandata o parlamento "a comemorar todos os anos o 25 de Novembro com uma sessão solene" - foi rejeitado com os votos do PSD, PCP e BE, teve a abstenção do deputado da JPP, Carlos Costa, do deputado independente Gil Canha, do PTP e votos favoráveis da JPP, PS e CDS.
A ideia é passar a comemorar apenas o 25 de Abril, o que, segundo um projecto de resolução do PSD, significa "celebrar todos os momentos que antecederam o dia da revolta militar e popular e os que a partir dela tiveram origem".
Fonte do PSD adiantou que o partido já entregou na Assembleia Legislativa da Madeira um projecto de resolução intitulado "Instituição da sessão comemorativa do 25 de Abril na Assembleia Legislativa e revogação da Resolução da Assembleia Legislativa da Madeira nº. 24/96/M".
Para o PSD, "com a data de 25 de Abril" a Região não está apenas a comemorar o Dia da Liberdade, "mas toda a vontade e o empenho que um povo sempre ambicionou durante várias décadas na conquista da liberdade e do fim da ditadura".
Segundo os sociais-democratas da Madeira, "não existe razão para que se continue a celebrar duas datas distintas que resultam do mesmo processo".