Alemanha e Finlândia são os únicos países da UE que têm saldo positivo com a China

Investimento chinês na UE duplicou e já supera o montante aplicado pelas empresas europeias na China.

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REUTERS/Kim Kyung-Hoon

No entanto, na Europa cada caso é um caso e a Alemanha conseguiu ter um saldo positivo bastante expressivo, de 14.115 milhões de euros. A Finlândia foi a outra excepção à regra, com a balança a pender a seu favor em 708 milhões. Em sentido contrário esteve a Holanda, com um défice comercial de 48.839 milhões de euros.

No caso de Portugal, o valor é negativo em 758 milhões de euros e, mesmo com a subida das exportações para a China, o défice comercial agravou-se em 45 milhões face a 2013.

Além das questões comerciais entre as duas regiões, e que têm sofrido vários atritos devido a acusações de dumping (venda abaixo do preço de custo) de produtos chineses e ameaças de embargos ou de imposição de tarifas, há ainda a questão dos investimentos directos. A China, que beneficia da ausência de uma estratégia colectiva a nível europeu, tem intensificado a compra de activos onde pode, tirando partido da falta de liquidez e de disputa interna por financiamento.

Ao mesmo tempo,  as empresas europeias defrontam-se com muito mais dificuldades do que as chinesas quando se trata de investir nos mercados em causa. Em 2014, de acordo com os dados do Eurostat, o investimento directo chinês (IDE) na UE passou o valor aplicado pela  Europa na China: 12.098 milhões (mais do dobro do montante de 2013) e 9139 milhões de euros, respectivamente. Conforme já noticiou o PÚBLICO, em termos de dimensão das economias, Portugal foi o país europeu com mais peso de IDE chinês no ano passado.

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