Cor, estampados e movimento para um Verão 2015 atento ao clima

Ricardo Preto pisou a passerelle do terceiro dia do Portugal Fashion atento às temperaturas inconstantes, depois de um Verão sem calor e um Outubro a terminar com sol quente.

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Desfile de Ricardo Preto PORTUGAL FASHION / UGO CAMERA
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As criações de Katty Xiomara PORTUGAL FASHION / UGO CAMERA
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Os modelos de Júlio Torcato PORTUGAL FASHION / UGO CAMERA
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Com a sala dos desfiles principais pintada de branco e uma passerelle transparente envidraçada, as propostas para a próxima estação desenharam-se com leveza e descontracção mas com uma nota de preocupação sobre passado, presente e futuro. Ricardo Preto, que no primeiro dia da 43.ª edição da ModaLisboa apresentou a colecção Contemporary Warriors da sua primeira linha, trouxe ao Portugal Fashion a marca Meam by Ricardo Preto, criada em 2010 para ser “um encontro de ideias entre a indústria e o criador”.

“O que me interessa é o futuro e, por isso, tenho de me adaptar às tendências”, explica Ricardo Preto ao PÚBLICO no final do desfile. Com Between, explorou as alterações climáticas, com uma mistura de tons quentes, como o vermelho, com tons frios, como o preto e o cinzento, numa altura em que o factor clima é o responsável por colecções Primavera/Verão com pouca pele à mostra e mais tecidos quentes – caso da Prada na Primavera 2011, com estolas de pêlo às riscas coloridas que levantam questões sobre a estação – e o mercado – a que se destinam.

Para isso, a inspiração veio da observação: “Tenho visto muitas raparigas com vestidos de seda com casacos de lã ou vestidos mais grossos com sandálias de verão”, diz o criador, que assinala três características principais na linha Meam, as mesmas da primeira linha: “conforto, elegância e cor”.

Ainda na tarde de sexta-feira, Júlio Torcato escolheu estampados gráficos e branco para os seus homens. Em 17 horas, o criador quis fazer uma ponte entre presente e passado – através de cortes clássicos descontraídos e calças largas –, com o pré-punk dos anos 1970, mas também uma contestação. “O título da colecção tem a ver com o horário do desfile. É sempre o Júlio Torcato às 17 horas de uma sexta-feira. Devia haver alguma rotatividade. Pelo menos uma vez gostava de ter outro horário”, explicou.

Também nesta sexta-feira, Katty Xiomara apresentou Wire Frame. Uma colecção para uma “mulher urbana” em azuis, rosas, vermelhos e brancos que começou de forma pouco usual. Seis modelos, sentadas na primeira fila do desfile – destinada a imprensa e convidados – levantaram-se e caminharam directamente para a frente dos fotógrafos. Já o designer Diogo Miranda mostrou as suas propostas para a próxima estação a preto, branco e amarelo mostarda com recurso ao vestuário masculino utilizado nos safaris dos anos 1970 e recebeu a primeira enchente e ovação da noite.

A encerrar o terceiro dia do Portugal Fashion, que arrancou com desfiles da plataforma Bloom (intercalados com os da passerelle principal), esteve o calçado de Luís Onofre. Rasos azuis, nude e em tons de pêssego e sapatos com o salto alto em dourado conjugaram detalhes em metal com pele, cobra, cetins, camurças, vernizes e borracha.

Neste sábado, último dia do evento, ao fim da tarde as atenções viram-se para o Mosteiro de São Bento da Vitória, onde o criador Nuno Baltazar vai apresentar a sua colecção para o Verão 2015 num regresso muito ansiado ao Portugal Fashion, oito anos depois. 

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