Já abriu o concurso para o director de programação do Teatro Municipal do Porto

Júri tem 44 dias, após o fim do prazo para apresentação de propostas de candidatura, para decidir quem irá gerir o Rivoli e o Campo Alegre.

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Director de programação do Campo Alegre e Rivoli terá de ser também um "fund raiser" Paulo Ricca

Tal como prometido, já abriu o concurso público para encontrar um director de programação para o Teatro Municipal do Porto – Rivoli e Campo Alegre. O anúncio do concurso foi publicado esta quinta-feira em Diário da República, dando aos interessados nove dias para se candidatarem.

O vencedor será aquele que apresentar a proposta “economicamente mais vantajosa”, mas até lá chegar, o júri terá vários subfactores para avaliar. Numa primeira fase, a Câmara do Porto pretende classificar os cinco candidatos que apresentem mais experiência e demonstrem capacidade na captação de financiamento comunitário. Depois, os cinco seleccionados serão convidados a apresentar uma proposta de “metodologia de trabalho para a elaboração do projecto de programação do Teatro Municipal”. Será da avaliação de todos estes factores que o júri irá escolher o futuro director de programação do Rivoli e do Campo Alegre.

De acordo com o anúncio de concurso, o júri terá 44 dias, a contar após o fim do prazo de apresentação de candidaturas, para decidir o vencedor, o que atira a escolha de um nome para meados de Maio. Ainda assim, depois dessa decisão, o escolhido terá um prazo entre 60 a 90 dias para apresentar o seu projecto de programação ao vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva, que terá de o aprovar. Por isso mesmo, esta semana, o vereador admitiu que os dois teatros só deverão ter uma actividade regular a partir do final do ano. E, para ter os teatros a funcionar como gostaria, Cunha e Silva, dilata ainda mais o prazo – dois anos, o que já motivou críticas e receios de entidades culturais da cidade, como a Plateia — Associação de Profissionais das Artes Cénicas.

O concurso agora lançado prevê o pagamento de 100.800 euros, durante três anos, ao futuro director de programação. A atribuição de um valor para o director, sem que esteja ainda definido um orçamento para o teatro ou os meios técnicos de que este irá dispor levaram a vereadora do PS, Carla Miranda, a tecer críticas à gestão do processo, que acabaram por ser secundadas também pela Plateia.

Paulo Cunha e Silva argumentou, contudo, que esses aspectos serão decididos em conjunto com o futuro director de programação que, defende, terá de ser também um fund raiser.

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