Parvalorem apresenta queixa-crime contra gestão da Caixa no BPN
Empresa criada pelo Estado para gerir os activos tóxicos do banco nacionalizado em 2008 detectou créditos concedidos sem garantias.
Na análise de processos de concessão de crédito, a Parvalorem detectou que “alguns problemas relativos à cobrança dos referidos créditos têm efectivamente origem no período anterior à nacionalização, mas muitos deles também no período posterior”, refere a empresa ao DN. Em causa estão novos créditos “de valor muito considerável a entidades sem quaisquer garantias”. Os indícios de prática de crime foram comunicados ao Ministério Público.
Citando documentos a que teve acesso, o jornal escreve que seis meses depois da nacionalização do BPN, a administração pública do banco concedeu 526 milhões de euros de crédito a 80 empresas, que deram apenas como garantias 81 milhões de euros.
Em 2008, Miguel Cadilhe, ex-ministro das Finanças, substituiu José Oliveira Costa na liderança do BPN e denuncia crimes financeiros na gestão do banco. Depois de ser descoberto um buraco de 700 milhões de euros, o Governo avança para a nacionalização. José Oliveira Costa responde por crimes de burla, branqueamento de capitais e fraude fiscal.